sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Saiba quem são os vereadores que votaram a favor do PL 1005; votaram contra o servidor municipal (COM FOTOS DAS CARAS SAFADAS DELES)!

Esta é a lista dos vereadores que aprovaram o Projeto de Lei nº 1005 ontem, namara de Vereadores do Rio. O Sepe conclama os profissionais de educação a não votarem nestes parlamentares em 2012, quando eles vão tentar se reeleger, e eu peço que todos gravem bem essas caras safadas para nunca mais votarem neles:




Adilson Pires- PT

Aloísio Freitas- DEM

Argemiro Pimentel- PMDB

Bencardino- PRTB

Carlinhos Mecânico- PPS

Chiquinho Brazão- PMDB

Dr Eduardo Moura- PSC

Dr Fernando  Moraes- PR

Dr. Gilberto- PT do B

Dr Jairinho- PSC

Dr João Ricardo- PSDC

Elton Babu - PT

Israel Atleta- PTB


Ivanir de Mello- PP

João Cabral- sem partido


João Mendes de Jesus- PRB




Jorge Braz- PT do B

Jorge Felippe- PMDB

Jorginho da SOS- sem partido

Jose Everaldo- PMN

Leonel Brizola Neto- PDT

Luiz Carlos Ramos- PSDC

Marcelo Arar- PSDB

Marcelo Piui- PHS

Nereide Pedregal- PDT

Patrícia Amorim- PSDB

Professor Úoston- PMDB

Renato Moura- PTC

Roberto Monteiro- PC do B

Rosa Fernandes- sem partido

Rubens Andrade- PSB

S. Ferraz- PMDB

Eu já decorei seus nomes, partidos e caras safadas, pra NUNCA mais votar nesses indivíduos!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Até quando?!

Vladimir Maiakovski (…./1930):
Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo,       arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.

Depois de Maiakovski…

Bertold Brecht (1898-1956):
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
 
Martin Niemöller, 1933:
Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar… 
 
Cláudio Humberto, em 09 FEV 2007:
Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a vítima,
Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles;
Depois fecharam ruas, onde não moro;
Fecharam então o portão da favela, que não habito;
Em seguida arrastaram até a morte uma criança, que não era meu filho…

O que os outros disseram, foi depois de ler Maiakovski.
Incrível é que, após mais de cem anos, ainda nos encontremos tão desamparados, inertes, e submetidos aos caprichos da ruína moral dos poderes governantes, que vampirizam o erário, aniquilam as instituições, e deixam aos cidadãos os ossos roídos e o direito ao silêncio : porque a palavra, há muito se tornou inútil…
- até quando?…

domingo, 4 de setembro de 2011

Direito de Greve: depoimento real!

Depoimento de um professor da rede estadual de ensino (Itaboraí).   "Colegas,                                                                                     

    Venho neste momento dar o meu pitaco na discussão a cerca do andamento da greve, etc, etc.
Acabo de voltar da assembléia do SEPE, realizada na Fundição Progresso, e, em lá estando, ouvindo as considerações de outros colegas da rede - e uma série de pequenos pilantras oportunistas que sabemos que se valem de momentos como esse para promover seu partido, sua candidatura, sua patota, o diabo que seja! - , pensei muito sobre o nosso movimento, sobre o que temos feito em nossa escola.
    Não sei se compartilho da opinião ou das espectativas dos colegas, mas, imagino que ser professor é das profissões mais difíceis que existem. Professor público, pior ainda. Talvez seja uma das ocupações humanas de maior teor político existente em uma sociedade moderna dita democrática, soberana e republicana. Lidamos diretamente com aquilo que se propõe chamar de "projeto de nação". Construímos efetivamente nosso país em sua cidadania e participação civil a cada dia de nosso trabalho. Somos a encarnação do estado de direito, transformando individualidades em coletividade. O estado se faz presente no indivíduo, através de nossa atuação. E se o fizermos de maneira democrática, assim construiremos uma sociedade democrática. Se o fizermos de maneira participativa, assim construiremos uma sociedade participativa. Se o fizermos de uma maneira cidadã, assim construiremos uma sociedade cidadã. Ipso Facto.
    Mas é isso que nós temos feito? Pense bem.
    Novamente, não sei se compartilho essa experiência com os colegas, mas venho observando há algum tempo, o esfacelamento moral a que vem se sujeitando o profissional de educação. Parece haver uma impressão geral de que professor é otário, no melhor dos casos, e tarado, pedófilo, safado, no pior. Poderia estar ganhando mais dinheiro em outro setor? Talvez. Poderia estar ganhando mais dinheiro ensinando uma meia dúzia de filhinhos de papai a passar de ano no Ph? Certamente. Mas toda vez que essas questões se colocam, tentando me fazer sentir um fracassado, a frieira no pé da bactéria presente no cocô 
do cavalo do bandido, me lembro:
a) Do imenso orgulho que tenho quando vejo ex-alunos hoje ingressando em universidades públicas, assegurando
ao menos uma possibilidade concreta de melhorar suas vidas, crescendo como pessoa e como cidadão;
b) Do magrelo espinhento que ingressou na universidade com o sonho de que é possível melhorar esse mundo através da educação;
c) Do compromisso que assumi comigo mesmo, ao ter meu filho em meu colo pela primeira vez, de lhe entregar um mundo melhor do que o que me acolheu, e entregar ao mundo um garoto melhor do que eu fui.
Isso me faz dormir tranquilo. Tenho um - desculpem-me o termo - PUTA orgulho de ser professor. Eu ESCOLHI sê-lo. Poucos podem dizer o mesmo.
    Mas nos encontramos em um momento crítico de nossa história profissional. Observem como debates acerca da educação vêm tomando conta do noticiário, das mídias, do cotidiano dos pobres mortais como eu e você.
    O depoimento da professora Amanda Gurgel é muito oportuno. Mas é novidade para você? Será que você já não ouviu algo desse tipo. Melhor, será que você já não DISSE algo assim? No entanto, acho que cometemos o pecado de pregar para convertidos. Ou seja, do ponto de vista prático, cruzamos os braços e esperamos uma melhoria significativa milagrosamente cair dos céus. Ainda do ponto de vista prático, pergunto: tem funcionado?
    Deflagrou-se a greve. A reboque do movimento dos bombeiros, pode-se discutir, equivocada, pode-se argumentar, mas, fato: a greve esta aí. E, fato também: com uma surpreendente força como jamais vi em meus parcos 7 anos de magistério estadual. É um fato animador.
Fatos também:
1) A SEEDUC proclama aos quatro ventos que cerca de 1% apenas dos profissionais aderiram à greve.
2) Por outro lado, a SEEDUC toda poderosa negociando com apenas 1% dos profissionais? Nossa! Imagine se nós
conseguíssemos, sei lá, DOBRAR, esse percentual! Imagine o que não faríamos com 2%! Nossa! 2%!!!!
3) Acompanho DIARIAMENTE o noticiário da greve, e DIARIAMENTE encontro novidades, tanto de veículos de mídia
do conglomerado global, quanto da Record, do grupo EJESA, etc. Esse estardalhaço todo por cauda de 1%? Nossa!
4) Direto do site R7, de notícias (
http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/apos-55-dias-em-greve-secretario-anuncia-de-reajuste-a-professores-grevistas-20110801.html)
A Seeduc ressalta, ainda, que tem, à disposição, 2.100 contratos temporários autorizados para professores a
partir de 1º de agosto. Esses docentes poderão ser contratados no caso de haver necessidade de reposição de aulas.
5) 2100 contratos para cobrir 516 grevistas xexelentos?
6) 3,5 % de aumento proposto pelo governo equivale a aproximadamente R$ 26,00. Com esse dinheiro você pode:
a- Comprar 2 Kg de Alcatra, Maminha ou Contrafilé, no Prezunic em promoção
b- Comprar o livro Histórias de Professores que Ninguém Contou, de Gabriel Chalita - o Fabio Junior da pedagogia
c- Comprar uma camisa falsificada da seleção brasileira para assistir à copa do mundo que será realizada aqui!
Está bom pra você? Pra mim não.
A sua inação está nos custando 22,5% de reajuste EMERGENCIAL!
A sua inação está nos custando mais 3 parcelas do Nova Escola
A sua inação está respaldando a meritocracia capenga e mal-adaptada de um mundo empresarial/corporativo que NÃO É O NOSSO!
A sua inação está respaldando uma avaliação externa, criada por uma empresa PRIVADA de FORA DO NOSSO ESTADO, e que está, certamente, fazendo alguém sorrir de orelha a orelha, e, surpresa! Não é você!
A sua inação corrobora a opinião geral de que professor é um bando de fracassado, recalcado fadado a um infarto ou um avc, pra deixar de ser otário.
A sua inação está custando o ORGULHO de ser educador, numa sociedade que, a cada dia que passa, premia mais e mais a esperteza a ambição, o consumo e o individualismo, em detrimento de valores como honestidade, solidariedade e participação.
Essa é a hora em que o medo vira raiva! É a hora de entrar com tudo. De dizer CHEGA! Sou um educador e EXIJO ser tratado com respeito!
Se você é mais um desses "abnegados" que não aderem à greve para não "prejudicar meus alunos de 3º ano", que tal pensar:
"O que será desses meninos quando eles se forem? Irão para uma universidade? Ou serão mais um McEscravo? Um Bob'sBobão - NA MELHOR DAS HIPÓTESES?"
Que tal ser REALMENTE abnegado, e, lecionar para seus alunos em praça pública? Ou lecionar para seus alunos, mas EXIGIR o código 61?

Você está garantindo que seus alunos farão um bom vestibular (se é que vestibular é bom) e ainda assim, estará dentro do movimento!
Você tem dúvidas quanto a validade da greve? Eu também! Você teme o corte de ponto? Eu também! Mas como diz a citação, "Antes a tristeza da derrota, que a vergonha de nunca ter tentado"!
Nossa luta é justa. É por dignidade. É pelo nosso orgulho! É por respeito. É para que, daqui a muitos anos, eu possa olhar para trás e, na certeza do dever cumprido, saber que nada disso foi em vão. Esta greve não nos garante absolutamente NADA, a não ser nosso direito de nos indignar.
Parece pouco, mas acredite: há coisas muito mais importantes que dinheiro."

Waine Vieira Junior