segunda-feira, 29 de agosto de 2011

GREVE

Todo profissional tem direito de GREVE, quando há uma situação de impasse intransponível na negociação ou quando os empregadores frustram a negociação, a greve pode ser um mecanismo de pressão para a solução do conflito. Mas, apesar de fazer parte dos nossos direitos, há tantos "poréns", tanta pressão interna e externa... Poxa, classe mais desunida essa dos professores, o que está em jogo é a nossa aposentaria, receber apenas 70% do salário ao nos aposentarmos, perder o direito de paridade (ou seja, ao nos aposentarmos pararemos de receber aumentos anuais), logo na velhice, que é quando os planos de saúde ficam mais caros, quando o corpo envelhecido adoece mais facilmente, quando todas as nossas predisposições genéticas ao diabetes, hipertensão, obesidade, artrites começam a aparecer com força total é que vamos começar a ganhar menos?!

Não é justo, nem ao menos razoável que isso venha a acontecer a qualquer classe trabalhista, muito menos aos professores, que exercem uma função tão digna, tão necessária!


O fato de estar em estágio probatório em minha 2ª matrícula me faz temer sérias represálias, mas quem preenche meus documentos do estágio é funcionária como eu, corre o mesmo risco que eu de perder benefícios no futuro... São tantas as minhas incertezas, me angustio dentro de mim, vontade de ir amanhã na passeata, apedrejar os vereadores que votarem a favor da perda dos nossos benefícios, apanhar de borracha da polícia, receber jato de spray de pimenta no rosto, sentir que cheiro tem o gás lacrimogênio, ser fichada na polícia, ter histórias de luta e idealismo para contar aos meus filhos e netos! Mas valerá de alguma coisa essa minha luta, essa minha atitude de rebeldia? Não sei, passei o dia de hoje perguntando a todas as pessoas e nenhuma soube me dizer...

O dia vai terminar e minha dúvida continua: Amanhã eu...





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