terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Danilo Gentili (CQC) e sua resposta GENIAL

Há tempos não lia algo tão bem redigido no conteúdo e na forma. Realmente, leiam, vale a pena!

E abaixo a babaquice!


Danilo Gentili (CQC) e sua resposta GENIAL

O humorista Danilo Gentili postou (twitou? sei la) a seguinte piada no seu twitter:

"King Kong, um macaco que, depois que vai para a cidade e fica famoso, pega uma loira. Quem ele acha que é? Jogador de futebol?"

A ONG Afrobras se posicionou contra:

"Nos próximos dias devemos fazer uma carta de repúdio. Estamos avaliando ainda uma representação criminal", diz José Vicente, presidente da ONG.
"Isso foi indevido, inoportuno, de mau gosto e desrespeitoso. Desrespeitou todos os negros brasileiros e também a democracia. Democracia é você agir com responsabilidade", avalia Vicente.

Alguns minutos após escrever seu primeiro "twitter" sobre King Kong, Gentili tentou se justificar no microblog:
"Alguém pode me dar uma explicação razoável por que posso chamar gay de veado, gordo de baleia, branco de lagartixa, mas nunca um negro de macaco?" (GENIAL)
"Na piada do King Kong, não disse a cor do jogador. Disse que a loira saiu com cara porque é famoso. A cabeça de vocês que têm preconceito."

Mas calma, essa não foi a tal resposta genial que está no título, e sim ESSA:

"Se você me disser que é da raça negra preciso dizer que você tambem é racista, pois, assim como os criadores de cachorros, acredita que somos separados por raças. E se acredita nisso vai ter que confessar que uma raça é melhor ou pior que a outra. Pois se todas raças são iguais então a divisão por raça é estúpida e desnecessária. Pra que perder tempo separando algo se no fundo dá tudo no mesmo?

Quem propagou a idéia que "negro" é uma raça foram os escravistas. Eles usaram isso como desculpa para vender os pretos como escravos: "Podemos trata-los como animais, afinal eles são de uma outra raça que não é a nossa. Eles são da raça negra". Então quando vejo um cara dizendo que tem orgulho em ser da raça negra eu juro que nem me passa pela cabeça chama-lo de macaco. E sim de burro.

Falando em burro, cresci ouvindo que eu sou uma girafa. E também cresci chamando um dos meus melhores amigos de elefante. Já ouvi muita gente chamar loira caucasiana de burra, gay de v***** e ruivo de salsicha, que nada mais é do que ser chamado de restos de porco e boi misturados.

Mas se alguém chama um preto de macaco é crucificado. E isso pra mim não faz sentido. Qual o preconceito com o macaco? Imagina no zoológico como o macaco não deve se sentir triste quando ouve os outros animais comentando:
- O macaco é o pior de todos. Quando um humano se xinga de burro ou elefante dão risada. Mas quando xingam de macaco vão presos. Ser macaco é uma coisa terrível. Graças a Deus não somos macacos.

Prefiro ser chamado de macaco do que de girafa. Peça para um cientista fazer um teste de Q.I. com uma girafa e com um macaco. Veja quem tira a maior nota.

Quando queremos muito ofender e atacar alguém, por motivos desconhecidos, não xingamos diretamente a pessoa e sim a mãe dela. Posso afirmar aqui então que Darwin foi o maior racista da história por dizer que eu vim do macaco?

Se o assunto é cor eu defendo a idéia que o mundo é uma caixa de lápis coloridos. Somos os lápis dessa caixa. Um lápis é menos lápis que o outro só porque a cor é diferente? Eu desenho desde criança, então acredite em mim: Não mesmo. Todas essas cores são de igual importância. Ok. Ok. Foi uma comparação idiota. Confesso. Os lápis são todos do mesmo tamanho na caixa. E no mundo real o lápis preto é bem maior que o amarelo.

Mas o que quero dizer é que na verdade não sei qual o problema em chamar um preto de preto. Esse é o nome da cor não é? Eu sou um ser humano da cor branca. O japonês da cor amarela. O índio da cor vermelha. O africano da cor preta. Se querem igualdade deveriam assumir o termo "preto" pois esse é o nome da cor. Não fica destoante isso: "Branco, Amarelo, Vermelho, Negro"?. O Darth Vader pra mim é negro. Mas o Bill Cosby, Richard Pryor e Eddie Murphy que inspiram meu trabalho não. Mas se gostam tanto assim do termo negro, ok, eu uso, não vejo problemas. No fim das contas é só uma palavra. E embora o dicionário seja um dos livros mais vendidos do mundo, penso que palavras não definem muitas coisas e sim atitudes.

Digo isso porque a patrulha do politicamente correto é tão imbecil e superficial que tenho absoluta certeza que serei censurado se um dia escutarem eu dizer: "E aí seu PRETO, senta aqui e toma uma comigo!". Porém, se eu usar o tom correto e a postura certa ao dizer "Desculpe meu querido, mas já que é um afro-descendente é melhor evitar sentar aqui. Mas eu arrumo uma outra mesa muito mais bonita pra você!" sei que receberei elogios dessas mesmas pessoas, afinal eu usei os termos politicamentes corretos e não a palavra "preto" ou "macaco", que são palavras tão horríveis.

Os politicamentes corretos acham que são como o Superman, o cara dotado de dons superiores, que vai defender os fracos, oprimidos e impotentes. E acredite. Isso é racismo, pois transmite a idéia de superioridade que essas pessoas sentem de si em relação aos seus "defendidos".

Agora peço que não sejam racistas comigo por favor. Nao é só porque eu sou branco que eu escravizei um preto. Eu juro que nunca fiz nada parecido com isso nem mesmo em pensamento. Não tenham esse preconceito comigo. Na verdade sou ítalo-descente. Italianos não escravizaram africanos no Brasil. Vieram pra cá e assim como os pretos trabalharam na lavoura. A diferença é que Escrava Isaura fez mais sucesso que Terra Nostra.

Ok. O que acabei de dizer foi uma piada de mal gosto porque eu não disse nela como os pretos sofreram mais que os italianos. Ok. Eu sei que os negros sofreram mais que qualquer raça no Brasil. Foram chicoteados. Torturados. Foi algo tão desumano que só um ser humano seria capaz de fazer igual. Brancos caçaram negros como animais. Mas também os compraram de outros negros. Sim. Ser dono de escravo nunca foi privilégio caucasiano e sim da sociedade dominante. Na África, uma tribo vencedora escravizava a outra e as vendia para os brancos sujos.

Lembra que eu disse que era ítalo-descendente? Então. Os italianos podem nunca terem escravizados os pretos, mas os romanos escravizaram os judeus. E eles já se vingaram de mim com juros e correção monetária, pois já fui escravo durante anos de um carnê das Casas Bahia.

Se é engraçado piada de gay e gordo, porque não é a de preto? Porque foram escravos no passado hoje são café-com-leite no mundo do humor? É isso? Eu posso fazer a piada com gay só porque seus ancestrais nunca foram escravos? Pense bem, talvez o gay na infância também tenha sofrido abusos de alguém mais velho com o chicote.

Se você acha que vai impor respeito me obrigando a usar o termo "negro" ou "afro-descendente", tudo bem, eu posso fazer isso só pra agradar. Na minha cabeça você será apenas preto e eu branco, da mesma raça, a raça humana. E você nunca me verá por aí com uma camiseta escrita "100% humano", pois não tenho orgulho nenhum de ser dessa raça que discute coisas idiotas de uma forma superficial e discrimina o próprio irmão."

Aplausos pra ele, sério mesmo.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Somos um país de analfabetos

Segundo pesquisa do confiável IBGE, estamos num vergonhoso lugar entre os países da América Latina, no que diz respeito à alfabetização. O que nos faltou e tanto nos falta ainda? Posso dizer que tem sobrado ufanismo. Não somos os melhores, não somos invulneráveis, somos um país emergente, com riquezas ainda nem descobertas, outras mal administradas. Somos um povo resistente e forte, capaz de uma alegria e fraternidade que as quadrilhas, o narcotráfico e a assustadora violência atuais não diminuem. Um povo com uma rara capacidade de improvisação positiva, esperança e honradez.
O sonho de morar fora daqui para escapar não vale. Na velha e sisuda Europa não há um sol como este. Recordo meu espanto na primeira estada por lá, num verão, vendo o sol oblíquo e pálido. Lá não se ri, não se abraça como aqui. Eles trabalham mais e ganham mais, é verdade. A pobreza por lá é menos pobre, se fosse miserável, morreriam todos de frio na primeira nevasca. O salário desemprego é tão bom que, infelizmente, muitos decidem viver só com ele: o mercado de trabalho lá também é cruel, e com os estrangeiros, nem se fala. Em muitas coisas somos muito melhores.
Mas somos um país analfabeto. Alfabetizado não é, já disse e escrevo frequentemente, aquele que assina seu nome, mas quem assina um documento que leu e compreendeu. A verdadeira democracia tem de oferecer a todos esse direito, pois ler e escrever, como pensar, questionar e escolher é um direito. É questão de dignidade. Quando eu era professora universitária, na década de 70, já recebíamos nas faculdades vários alunos que mal conseguiam escrever uma frase e expor um pensamento claro. “Eu sei, mas não sei dizem nem escrever isso” é uma desculpa pobre. Não preciso ser intelectual, mas devo poder redigir ao menos um breve texto decente e claro. Preciso ser bem alfabetizado, isto é, usar meu instrumento de expressão completo, falado e escrito, dentro do nível de vida do meu grupo.Para isso, é essencial uma boa escola desde os primeiros anos, dever inarredável do estado.Não digam que todas as comunidades têm escolas e que estas têm o necessário para um ensino razoável, para que até o mais pobre e esquecido no mais esquecido e pobre recanto possa se tornar um cidadão inteiro e digno, com acesso à leitura e à escrita, isto é, à informação. Um sujeito capaz de fazer boas escolhas na vida, pronto para se sustentar e que, na grave hora de votar, sabe o que está fazendo. Enquanto alardeamos façanhas, descobertas ganhos e crescimento econômico, a situação nesse campo está cada vez pior. Muito menos pessoas se alfabetizam de verdade; dos poucos que chegam ao Ensino Médio e dos pouquíssimos que vão à universidade, muitos não saem de lá realmente formados. Entram na profissão incapazes de produzir um breve texto claro. São desinteressados da leitura, mal falam direito. Não conseguem se informar nem questionar o mundo. Pouco lhes foi dado, pouquíssimo lhes foi exigido.
A única saída para tamanha calamidade está no maior interesse pelo que há de mais importante num país: a educação. E isso só vai começar quando lhe derem os maiores orçamentos. Assim se mudará o Brasil, o resto é conversa fiada. Investir nisso significa criar mais oportunidades de trabalho: muito mais gente capacitada a obter salário decente. Significa saúde: gente mais bem informada não adoece por ignorância, isolamento e falta de higiene. Se ao estado cabe nos ajudar a ser capazes de saber, entender, questionar, escolher nossa vida, é nas famílias, quando podem comprar livros, que tudo começa. “Quantos livros você tem em casa, quantos leu esse mês? E jornal?”, pergunto, quando me dizem que os filhos não gostam de ler. Família tem a ver com moralidade, atenção e afeto, mas também com a necessária instrumentação para o filho assumir um lugar decente no mundo. Nascemos nela, nela vivemos. Mas com ela também fazemos parte de um país que nos deve, a todos, uma educação ótima. Ela trará consigo muito de tudo aquilo que nos falta.

Artigo de Lya Luft – Revista Veja de 1º de Outubro de 2008. Página 24.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

"50 strippers e meio quilo de cocaína"

"O ator norte-americano Robin Williams fez uma piada de mau gosto no programa do apresentador David Letterman sobre a escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016. O comediante disse que, enquanto Chicago levou a apresentadora Oprah Winfrey e a primeira-dama Michelle Obama, o Rio de Janeiro levou "50 strippers e meio quilo de cocaína" para representar a candidatura. O vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante em 1988 ainda arrematou: - Não foi uma competição justa. O programa Late Show é um dos mais assistidos pelos norte-americanos. A entrevista com Robin Williams, de 58 anos, foi ao ar no último dia 23. " FONTE: R7 - Esportes - http://esportes.r7.com/esportes-olimpicos/noticias/ator-robin-williams-faz-piada-de-mau-gosto-sobre-escolha-do-rio-para-os-jogos-20091201.html

A "brincadeira" que o ator Robin Williams fez sobre a escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016 mostra como nosso país é visto pelos estrangeiros: um país corrupto, que corrompe com sexo e drogas.

Durante toda essa semana a mídia tem mostrado os desdobramentos do "Mensalão dos Democratas do Distrito Federal", dinheiro nas meias, na cueca... Os caras juram inocência, mas como podem ser inocentes fazendo transações com dinheiro vivo, quando poderiam - até por questões de segurança - fazer transferências bancárias (DOC, TED)?! Eles têm muito o que explicar e espero que a mídia não deixe o assunto esfriar porque ano que vem será ano de eleição e o povo tem memória curta pra essas coisas...

No momento que soube do que o Robin Williams falou sobre a candidatura do Rio eu fiquei bastante chateada mas agora, pensando friamente, acho que não foi tão ruim assim... Espero que outras pessoas tenham refletido mais profundamente também. Afinal, de acordo com a psicanálise, não existe brincadeira e piadinha ingênua, é brincando que falamos o que realmente pensamos e sentimos, principalmente as coisas que não temos coragem de falar "na cara".

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

The Thanksgiving Day


Ontem foi a última quinta-feira de novembro, foi o Dia de Ação de Graças!

Você lembrou de agradecer a Deus por tudo de bom que Ele tem feito por você?!?!


"Tanto nos Estados Unidos quanto no Canadá, o Dia de Ação de Graças é geralmente um dia quando as pessoas utilizam o tempo livre para ficar com a família, fazendo grandes reuniões e jantares familiares. É também um dia em que muitas pessoas dedicam seu tempo para pensamentos religiosos, serviços na igreja e orações.
O Dia de Ação de Graças é celebrado também com grandes
desfiles e, nos Estados Unidos, com a realização de jogos de futebol americano. O principal prato típico do Dia de Ação de Graças geralmente é peru, o que dá ao Dia de Ação de Graça o nome de "Dia do Peru"(turkey day).

No Brasil, o presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças, através da lei 781, de 17 de agosto de 1949, por sugestão do embaixador Joaquim Nabuco, entusiasmado com as comemorações que vira em 1909, na Catedral de São Patrício, quando embaixador em Washington. Em 1966, a lei 5110 estabeleceu que a comemoração de Ação de Graças se daria na quarta quinta-feira de novembro.[2] Esta data é comemorada por muitas famílias de origem americana, igrejas cristãs, universidades confessionais metodistas[3] e cursos de inglês."

Fonte: Wikipédia.



segunda-feira, 23 de novembro de 2009

NEGRO

O político mais poderoso do mundo é negro...



E o líder da oposição (Partido Republicano) também é negro.


A mulher mais rica e influente na mídia é negra.


O melhor jogador de golfe de todos os tempos é negro.




As melhores jogadoras de tênis do mundo também são negras.





O ator mais popular do mundo é negro.


O piloto de corrida mais veloz do mundo é negro.



O mais inteligente astrofísico na face da terra é negro.


O mais próspero cirurgião cerebral do mundo é negro.





O homem mais rápido do mundo é negro.


...POR QUE NO BRASIL ELES AINDA PRECISAM DE COTAS?!?!?!

PUSH, PUSH, PUSH...

Então, APENAS PUSH !

Uma noite, um homem estava dormindo em sua cabana quando de repente seu quarto ficou cheio de luz e Deus lhe apareceu. O Senhor disse ao homem o trabalho que ele deveria fazer para Ele emostrou-lhe uma grande rocha na frente de sua cabana.O Senhor explicou que o homem deveria empurrar (PUSH) a rocha com toda a sua força.O homem então o fez, dia após dia.
Por muitos anos ele pelejou de sol a sol com seus ombros escorados na fria e maciça superfície da rocha imóvel, empurrando-a com toda a sua força. A cada noite o homem retornava à sua cabana aborrecido e sem roupa, sentindo que havia gasto todo o seu dia em vão. Desde que o homem mostrou-se desencorajado, o Adversário (Satanás) decidiu entrar em cena colocando pensamentos em sua mente esgastada."Você tem empurrado essa rocha por tanto tempo, e ela ainda nem sequer se moveu."Isso dava ao homem a impressão de que sua tarefa era impossível e que ele era um fracasso. Esses pensamentos desencorajavam e desanimavam o homem."Por que eu vou me matar tentando fazer isso?", ele pensou. "Eu farei apenas o possível, colocando o mínimo esforço e isso será suficiente". E era o que ele planejava fazer, até que um dia ele decidiu fazer disso um alvo de oração e levar os seus pensamentos atribulados ao Senhor."Senhor", ele disse, "eu tenho trabalhado duro e por muito tempo em Teu serviço, colocando toda a minha força pra fazer aquilo que o Senhor me mandou. Entretanto, após todo esse tempo eu não consegui mover essa rocha por nem um milímetro. O que está errado? Porque eu tenho falhado?"O Senhor respondeu com compaixão: "Meu amigo, quando eu lhe disse para me servir e você o aceitou, eu disse que sua tarefa seria empurrar a rocha com toda a sua força, é o que você tem feito. Eu nunca sequer mencionei que eu esperava que você a movesse. Sua tarefa era empurrá-la. E agora você vem a mim após todo o seu esforço, pensando que você falhou. Mas, será isso realmente verdade? Olhe para si mesmo. Seus braços estão fortes e musculosos, suas costas estão enrijecidas e bronzeadas, suas mãos estão calejadas pela pressão constante, suas pernas se tornaram musculosas e firmes. Você cresceu muito e agora suas habilidades superam o que você era antes. Ainda assim, você não moveu a rocha, mas seu chamado foi para ser obediente e empurrar, exercitando sua fé e confiança na minha sabedoria. E isso foi o que você fez. Agora, meu amigo, Eu mesmo moverei a rocha."Às vezes, quando ouvimos uma palavra de Deus, nós tentamos usar nosso próprio intelecto pra decifrar o que Ele quer, quando na verdade o que Ele deseja é apenas a nossa obediência e fé Nele. Em todos os sentidos, exercite a fé que remove montanhas, mas saiba que continua sendo Deus quem as move.Quando tudo parecer estar errado, apenas empurre (P.U.S.H.!) Quando o trabalho te deixar pra baixo, apenas P.U.S.H.! Quando as pessoas não agirem da maneira que deveriam, apenas P.U.S.H.! Quando o seu dinheiro parecer ir embora e apenas as contas ficarem, P.U.S.H.! Quando as pessoas não compreenderem você... apenas P.U.S.H.!

P. = Pray (ore)
U. = Until (até)
S. = Something (alguma coisa)
H. = Happens (acontecer)

"ORE ATÉ ALGUMA COISA ACONTECER" DEUS LHES ABENÇOE!!!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Kama Sutra

"A tradição diz que o autor foi um estudante celibatário que viveu em Pataliputra, um importante centro de aprendizagem. Estima-se que ele tenha nascido no início do século IV. Se isso for correto Vatsyayana viveu durante o ápice da Dinastia Gupta, um perído conhecido pelas grandes contribuições para a literatura Sânscrita e para cultura Védica." - Wikipédia.

Me impressiona saber que foi um celibatário quem escreveu e ilustrou o mais famoso livro sobre posições sexuais e saber que muitas de minhas amigas têm um casamento morno, ou completamente frio, porque seus parceiros são absolutamente previsíveis e sem criatividade nenhuma na cama...

Quando fiz o curso de noivos na minha igreja o pastor recomendou ao meu marido (na época meu noivo) e a mim que lêssemos um livro chamado O Ato Conjugal, no começo considerei desnecessário fazer tal leitura, mas como fazia parte do curso e o pastor poderia fazer algumas perguntas sobre o livro ao longo do curso, resolvi comprar e ler. O livro foi uma grata surpresa, pois apesar de não dizer nenhuma novidade para mim, que sempre tive muita curiosidade sobre sexo e casamento e já tinha lido muito sobre o assunto, sem contar as muitas conversas íntimas com amigas já casadas, foi interessante ler um livro dirigido a um público cristão, que prega o casamento virginal, falando sobre coisas como pompoarismo (que no livro vem com outro nome, rs) e ver nele uma planilha de exercícios a serem feitos pela mulher para trabalhar sua musculatura vaginal, oferecendo assim mais prazer a si mesma e ao seu marido. Fiquei feliz de verdade!

A verdade é que hoje em dia há um erotismo intrínseco em todas as coisas, em quase todos os comerciais de televisão há alguém semi-nu, mulheres lindas, homens saradíssimos, novelas e filmes com cenas absolutamente sensuais, as roupas cada vez mais justas, curtas, decotadas, transparentes... Há uma oferta muito grande de aventuras, de sexo barato, sem compromisso. Coisas que podem colocar em risco um casamento monótono, sem novidades.

O sexo no casamento não deve ser visto como uma obrigação, de maneira nenhuma, mas como uma das formas de manter acesa a chama do amor! Nosso cônjuge precisa ser diariamente seduzido, estimulado... Não precisa ser um gênio pra saber como se dá essa sedução: os homens são visuais e as mulheres sensitivas. Então as mulheres devem abusar de recursos visuais - lingeries, fantasias... - e os homens de palavras carinhosas, carícias, olhares, coisas que provocam sensações que estimulam o desejo feminino. Nós mulheres devemos sempre estar belas, mesmo que não sejamos, devemos fazer o possível para estar. O que quero dizer com isso é que auto-estima é tudo! Devemos estar nos sentindo belas, aceitar o desafio do espelho, transar de luz acesa... E os homens não precisam nem ser nem estar bonitos (cheirosos SEMPRE, rs), as mulheres não desejam com os olhos (as revistas de nudez masculina são direcionadas ao público gay, rs), as mulheres se deixam seduzir por olhares, palavras elogiosas, carícias, beijos que provocam arrepios...

Ninguém precisa ler o Kama Sutra para ser um amante incrível, pra vida toda!

Basta saber seduzir SEMPRE, todos os dias um pouquinho, alguns dias um pouco mais, rs!

Literatura recomendada a quem tem pouca criatividade:

- 203 maneiras de enlouquecer um homem na cama. Olívia St. Claire. Ediouro. 160 páginas.

- 177 maneiras de enlouquecer uma mulher na cama. Margot Saint Loup. Que pode ser baixado gratuitamente no Site http://www.degracaemaisgostoso.org/2008/01/177-maneiras-de-enlouquecer-uma-mulher-na-cama.html . Afinal, homens têm dificuldade de assumir que têm problemas pra seduzir mulheres e sentiriam vergonha de chegar numa livraria e comprar um livro desses, rs.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Quero ser uma televisão...

Na sala de aula, a professora pediu aos seus alunos que fizessem uma redação onde expressassem o que gostariam que Deus fizesse por eles.

Já em casa, corrigindo as redações, deparou-se com uma que a deixou muito emocionada.

O marido nesse momento entrou na sala e vendo-a soluçar, perguntou-lhe: O que aconteceu?
Ela respondeu-lhe:

- Lê – Passando-lhe uma folha de papel – É a redação de um aluno meu.

O marido pegou a folha e começou a ler:

“Senhor, esta noite peço-te algo muito especial: Transforma-me numa televisão! Quero ocupar o espaço dela. Viver como a televisão de minha casa vive. Ter um lugar especial pra mim e reunir minha família ao redor. Ser levado a sério quando falar... Ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções e sem perguntas. Quero receber a mesma atenção que ela recebe quando não funciona. Que a minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar. E ainda, que meus irmãos ´briguem´ para poderem estar comigo. Quero sentir que minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo.”

Quando terminou a leitura o marido virou-se para a esposa e disse: Meu Deus, coitado desse menino. Que pais ele tem!

A professora olhou bem nos olhos do marido, e depois os baixou e disse: Essa redação pertence ao nosso filho!

Que esse texto nos faça refletir e tomar decisões que demonstrem nosso amor por nossos filhos. A nossa família deve ser priorizada em detrimento de coisas secundárias (leia os Salmos 127 e 128).

Eu ainda não sou mãe, mas sou professora e já li muitas redações como esta, verdadeiros pedidos de socorro, de crianças que se sentem ignoradas, esquecidas e nem um pouco amadas. É muito comum alunos meus dizerem coisas do tipo “seria tão bom se você fosse minha mãe”, “queria tanto que você fosse minha mãe”, “queria tanto ser teu filho”, “teus filhos serão crianças de sorte por terem você como mãe”... No começo eu ficava muito emocionada, mas com o tempo passei a deixar de lado as emoções e investigar o que os levava a afirmar tais coisas, descobri sem surpresas que era simplesmente porque as mães desses alunos não conversavam com eles, não brincavam com eles e quando brigam com eles por algumas coisas erradas que costumam fazer, o fazem sem carinho, sem demonstrar amor no momento da correção... Como professora de Educação Infantil (antigamente chamavam de Jardim de Infância, que eu preferia por ter conotação bem mais romântica, RS) eu estabeleço diariamente o momento da “rodinha”, que é quando os alunos e eu nos sentamos em círculo no chão e contamos as novidades, cantamos músicas, conversamos sobre coisas que assistimos na televisão, algumas vezes levo jornal e revistas pra eles “lerem” as notícias através das imagens, então leio para eles o que está escrito para compararem com o que eles disseram, e essa prática vai muito além de estimular neles o desenvolvimento da oralidade, ali eles aprendem não apenas a se expressar oralmente (situando-se no tempo com palavras ontem, hoje, amanhã...), aprendem a ouvir o que os outros têm a dizer, a esperar sua vez, a respeitar a opinião alheia... Coisas que eles, em sua maioria, não estão acostumados a ter em casa.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Apagão...

Ontem a noite, lá pelas 22h, faltou luz onde moro, pensei se tratar de uma falta de luz local, um tranformador que não aguentou a sobrecarga de tanta gente ligando os aparelhos de ar-condicionado ao mesmo tempo, ou coisas assim locais. Mas hoje cedo fiquei surpresa ao ligar a TV e constatar que tratou-se de um apagão geral, que atingiu mais de 8 estados por todo o Brasil! Foi um blackout bem menor do que aquele que tivemos em 2001, mas nos faz pensar se temos suporte para sediar jogos olímpicos... Claro que daqui até 2016 ainda teremos bastante tempo pra consertar essas falhas, mas o fato é que nos últimos dias temos tido muitos problemas que afetam frontalmente a confiança do COI: revolta dos passageiros dos trens, a falência das empresas Oriental, Ocidental e Feital de ônibus, bandidos abatendo helicóptero da polícia a tiros em uma guerra civil não declarada na Zona Norte do Rio, e agora esse apagão... A verdade é que o Rio de Janeiro foi o estado mais atingido pelo blackout e que, apesar de ainda não haver rodízio de automóveis (como em Sampa), os engarrafamentos fazem parte de nossa rotina, não temos metrô, ônibus e trens o suficiente, precisamos das kombis e vans - que não nos oferecem nem conforto nem segurança -, isso pra não citar o péssimo atendimento nos hospitais públicos... O Rio de Janeiro tem falhado feio com seus moradores, não oferecendo suporte digno nas áreas fundamentais - saúde, segurança e transporte - como vai querer ser anfitrião de vários atletas vindos do mundo todo?! O povo daqui é hospitaleiro, nós gostamos de ser visitados, de mostrar aos estrangeiros que sabemos recebê-los com o nosso melhor, mas ultimamente não temos tido o melhor nem pra nós que vivemos aqui, o que teremos pra oferecer pra eles?!

Fico feliz que na hora do apagão eu já estava em casa, deitada na minha cama... O chato foi ficar algumas horas no mais completo calor, sem ar-condicionado, sem ventilador, apenas com a fraca brisa que entrava pela janela...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Flordelis

Ontem a noite foi ao cinema com meu marido, assistimos o filme FLORDELIS, eu já tinha assistido o trailler numa outra vez que fomos ao cinema (assistimos Diário Proibido, rs) e mesmo sabendo que iria me emocionar, chorar, soluçar, fui assistir...

Um elenco de peso fez parte do filme: Reinaldo Gianecchini, Rodrigo Hilbert, Sérgio Marone, Cauã Reymond, Alinne Moraes, Letícia Spiller, Fernanda Lima, Fernanda Machado, Letícia Sabatella, Ana Furtado, Thiago Martins, Carolina Oliveira e tantos outros, cerca de 20 atores globais, rs. Todos interpretando com o máximo de veracidade que podiam as pessoas sofridas das favelas do Jacarezinho, Manguinhos, Mangueira, moradores de rua, prostitutas e vendedores de drogas, traficantes e donos de bocas de fumo. Histórias verídicas, de pessoas de verdade, com sofrimentos de verdade, uma verdade que faz parte de uma realidade tão distante da nossa que parece ficção!

Em meio a todo aquele caos e sofrimento, entre tantas crianças abandonadas, prostituídas, violentadas, aliciadas pelo tráfico, aparece um anjo chamado Flordelis, uma mulher que sozinha (sozinha nada, com Deus!) começa a fazer a diferença, a ser ouvida e respeitada porque num mundo hostil e marginalizado, ela surge pregando o amor, o amor ao próximo, o amor de Deus... Suas palavras quebram barreiras, salvam vidas da morte e almas do inferno. Ela fala em nome de Deus, por isso conquista o respeito dos moradores de rua, dos traficantes, podendo sair a noite apesar dos toques de recolher...

Eu não esperava um filme em forma de documentário, nem que fosse quase todo em preto e branco, mas isso me fez lembrar um outro filme de desgraças e sofrimentos onde um homem, não uma mulher como em Flordelis, também fez a diferença: A Lista de Schindler. As filmagens em preto e branco nos transmitem uma atmosfera mais pesada, de pesadelo mesmo, dão a ambos os filmes um toque dramático ainda forte.

Pra quem acha que a humanidade está perdida, que não há esperança para o ser humano, vale a pena assistir esse filme!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Sobrenatural

Há algumas noites não tenho conseguido dormir sem assistir ao seriado SUPERNATURAL, que na TV aberta (no SBT) passa de segunda a sexta-feira por volta das 21h e recebeu o nome Sobrenatural. Mas na TV fechada passa no canal Warner toda quinta-feira (não lembro o horário). Tenho assistido na TV aberta mesmo, pois nela os episódios estão desde o começo, dando pra entender toda a história de vida das personagens "caçadores de demônios" os irmãos Sam e Dean.

Não estou curtindo assistir apenas porque os atores são jovens e bonitos, porque os episódios desmitificam (ou mitificam ainda mais, rs) várias lendas urbanas, mas porque se tornou uma ótima opção para quem se recusa a assistir novelas nesse horário. A grande sacada do SBT foi ter colocado essa série no horário da novela Viver a vida da Globo, e ser uma série que tem a ação dos filmes americanos e a continuidade e os dramas das novelas.

Para ficar perfeito só faltava o SBT fazer menos cortes (e alguns cortes são grotescos, rs - tem vez que no meio de uma cena empolgante tem uns segundos de tela preta e silêncio, como se tivesse ficado fora do ar...) e respeitar mais os horários propostos, afinal 21h não pode ser ser 21:10h, 21:15h, 21:30h. Isso é desrespeitoso!

Falando em cortes, no feriado de finados o SBT exibiu de tarde o filme Cidade dos Anjos, mas cortou a cena-chave do filme, que é quando o cara que era anjo e deixou de sê-lo por causa da médica mantém relações sexuais com ela... Por isso eu falo que alguns cortes são grotescos! Mas então você diz "ah, mas passou de tarde..." Pois então não passasse o filme de tarde, passasse no lugar de algum daqueles programas da noite que não têm quase nenhuma audiência!

O SBT é uma emissora grande, às vezes demonstra ter potencial, mas precisa ser melhor assessorada! A pessoa que determina o que vai ser transmitido, os horários e quem vai apresentar parece muito equivocada... Aliás, uma emissora que exibe CHAVES há quase vinte anos, certamente está equivocada!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O turista e o peregrino

[...] HOJE, MAL UM FILHO NASCE E OS PAIS JÁ SE PREOCUPAM COM O FIM DE SUA JORNADA


O mundo em que vivemos afeta profundamente a maneira de ser e de viver de cada um de nós e nem sempre nos damos conta disso. As decisões que tomamos diariamente, as escolhas que fazemos, as interpretações que damos aos acontecimentos são influenciadas pelo contexto social e cultural. Isso quer dizer que os estilos de vida que adotamos também estão marcados pela maneira como o mundo se constitui.As metáforas ajudam a compreender melhor as transformações que ocorreram e que estão em curso no nosso modo de viver. Zygmunt Bauman, pensador contemporâneo, construiu uma que ajuda a dar sentido e a interpretar a diferença entre o modo de estar no mundo décadas atrás e agora. Para isso, ele contrapõe as imagens do peregrino e do turista. O peregrino, figura característica de um mundo em extinção, é quem escolhe viajar em busca de algo para melhorar ou dar sentido à sua vida. Em sua árdua e longa jornada, que não tem prazo para terminar, ele não tem pressa e seu trajeto importa mais do que sua chegada, que ele não sabe quando nem onde ocorrerá. Já o turista - figura marcante dos tempos atuais - viaja por diversão e com data marcada para voltar, escolhe seu destino por curiosidade ou influência do mercado de consumo do lazer e seu trajeto é apenas o modo de chegar a seu destino. Qualquer contratempo nos planos do turista é vivido de forma dramática. Vou usar essa metáfora para compreender um pouco as mudanças dos papéis de mãe e de pai na atualidade. Hoje, mal um filho nasce e os pais já se preocupam com o fim de sua jornada, que equivale a entregar o filho ao mundo para que ele viva por conta própria e com autonomia. Desse modo, pais de crianças muito pequenas procuram escolas que as preparem para o vestibular e o Enem, enchem seus filhos de atividades que os ajudem a enfrentar o futuro mercado de trabalho, programam com antecedência e em pormenores sua vida para realizar tudo o que planejaram para o filho. Pais de crianças que resistem - por seu modo de ser - a tais planos frustram-se, sentem-se fracassados, usam de muitos artifícios para tentar resgatar o caminho originalmente traçado ou desistem precocemente de sua viagem. Preparar o filho para o futuro tornou-se, por força das pressões externas, missão mais importante do que conhecer e ouvir o filho, estar com ele, construir um vínculo afetivo. Essa imagem é muito parecida com a do turista, não? Há pais que não pensam no fim de sua jornada a não ser quando constatam que ela terminou. Sabem que seu trajeto será longo e árduo, não têm pressa, encaram as vicissitudes como parte da caminhada, ligam-se mais ao filho que têm do que àquele que ele será. Esse modo de se relacionar com a paternidade tem mais relação com a imagem do peregrino, portanto. É possível escolher ser mais peregrino na vida com os filhos do que turista, mesmo com as influências que sofremos. Para isso, entretanto, é preciso refletir e resistir a muitas pressões do mundo em que vivemos.

ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (ed. Publifolha)
roselysayao@uol.com.br
blogdaroselysayao.blog.uol.com.br

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Como ter uma chamada atendida pela polícia...

*Tenho sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranqüilamente. Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço. Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior dacasa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: -Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo. Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado.Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia. No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse: -Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão. Eu respondi: - Pensei que tivesse dito que não havia nenhuma viatura disponível.
Luiz Fernando Veríssimo.
-- "As pessoas difíceis são como reflexos de seus próprios traços negativos."--

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Navegar é preciso...

FILHOS SÃO COMO NAVIOS
O grande ensinamento educativo é que a criança não pode fazer simplesmente o que tem vontade, mas deve administrar essa vontade.
Quem ama educa. E tem de educar a vontade para se proteger e dar condições para que a criança cuide da própria segurança.
O lugar mais seguro para o navio ficar é no porto. Mas essa não é a finalidade para o qualfoi construído. Para um navio bem construído o mundo é pequeno.
Os pais são um porto seguro para os filhos até que eles se tornem independentes. Embora possam pensar que o lugar mais seguro para as crianças é perto deles, os filhos devem ser preparados para navegar mar adentro, enfrentando bom e mau tempo para atingir seus objetivos, a criança deve ser educada e preparada para seu próprio porto seguro. Assim, o mundo também será pequeno para ela, porque mais amplos serão seus horizontes...
Nem sempre os navios vão para o lugar que seus fabricantes imaginaram. Ninguém pode garantir que caminho o filho vai seguir, mas, seja para onde for, deve levar dentro dele valores como ética, humildade, humanidade, honestidade, disciplina e gratidão, dispondo-se a aprender sempre e a transmitir o que puder com vistas a estabelecer relacionamentos integrais com todas as pessoas, independente de sua origem, cor, credo e condições socioeconômicas e culturais.
Içami Tiba.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Resumo do livro de Içami Tiba: DISCIPLINA, LIMITE NA MEDIDA CERTA

TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. 67 ed. São Paulo: Editora Gente, 1996.


Resumo

Içami Tiba depois de inúmeras palestras sobre o tema Disciplina escreveu Disciplina, limite na medida certa, onde aborda o assunto de forma leve, mas ponderando sempre que a responsabilidade de impor limites e tornar uma criança disciplinada é dos pais.

São os pais, através de suas atitudes e gestos, que irão influenciar de maneira direta na educação e na disciplina das crianças. Se eles forem indisciplinados...

Desde a concepção os pais já têm a responsabilidade de serem disciplinados. Se a gravidez foi indesejada, ou prematura já pressupõe-se uma indisciplina grave: o desejo, ou instinto sexual superou a racionalidade da escolha de um método contraceptivo eficaz. E sendo assim a indisciplina foi do casal, e não de um só, pois houve a concordância de ambos.

A disciplina do casal influi ainda mais a partir do nascimento da criança. Quanto mais próximo do nascimento, mais a criança segue seu ritmo biológico – e a disciplina deverá obedecer a esse ritmo, não o inverso. Um dos ritmos mais importantes estabelecidos desde os primeiros dias de vida, é o da alimentação, porque depende da interação com a mãe ou com a pessoa que a substitui.

A alimentação da criança pequena é também um momento de disciplina. É através da amamentação que a mãe transmite o modo de ser da família (“como-somos”), e isso é essencial para ajudar o filho a formar seu ser psicológico, pois a criança trás ao nascer apenas seu ser biológico (cromossomos).

O pai deve ter muita saúde psicológica para participar do gesto da alimentação, que tem imenso significado no gesto afetivo. Afinal, a criança não precisa só de leite.

O leite alimenta o corpo. O afeto, a alma. Criança sem alimento fica desnutrida. Criança sem afeto entra em depressão.

Orientando-se pelo ritmo biológico da criança a mãe erra menos. Quando seu bebê chorar ela deve – antes de lhe oferecer alimento – verificar se este choro é motivado por algum desconforto como dor, frio, calor. Assim a criança não será habituada a compensar com alimentos qualquer necessidade sua no futuro, podendo vir a se tornar um adulto que busca na comida o alívio para suas ansiedades. Embora o alimento como mecanismo de compensação seja um assunto muito mais complexo, a raiz da obesidade pode residir aí.

Bem nutrida, cercada de afeto, a criança cresce e por volta de um ano de idade já é capaz de realizar algumas façanhas. Começa a andar e logo estará correndo. Mas para chegar a este ponto ela cairá algumas vezes. Cair é, para ela, um acontecimento novo. Precisa aprender o significado daquilo, por isso sua primeira reação, antes de chorar, é olhar para a mãe. E a mãe o que faz? Se a mãe se apavora e demonstra isso, a criança percebendo seu pânico vai deduzir: cair é perigoso. Mas se a mãe agir com naturalidade: “Caiu, ah, caiu” ou “Pulooou!”, e ficar olhando para a criança com expressão boa, tranqüila, enquanto espera que ele se levante sozinha, a criança se levantará sem choros, sem traumas.

O que a maioria das mães não entende é que as crianças de um ano de idade não se machucam quando caem sentadas. Se nós adultos, cairmos, será um desastre, porque a musculatura está toda rígida. As crianças não se machucam porque caem “molinho”.

É muito comum vermos crianças que quando caem se a mãe (ou outra pessoa) lhe vem levantar esta lhe bate ou empurra como que diz: “Eu me viro”. Quanto mais forte for o tapa ou empurrão, mais a criança está se sentindo incomodada com a “ajuda”.

Ao levantar a criança que não quer ser erguida, a indisciplina ocorre porque a mãe faz valer sua própria interpretação, em vez de certificar-se primeiro dos desejos da criança.

Por excesso de zelo, muitas mães acabam por desrespeitar a criança, tornando-se umas indisciplinadas.

É preciso respeitar quando a criança troca a expressão de curiosidade por um olhar sério. Mães indisciplinadas desrespeitam seus filhos quando ignoram essa diferença e lhes impõe suas vontades.

Colocar a criança no colo de um desconhecido ou mesmo alguém da família que a criança não vê há muito tempo, e forçá-la a ficar no colo dessa pessoa mesmo chorando e esperneando é uma agressão. Mas a mãe e o pai acham que não tem nada de mais aquele tio, primo, vizinho pegar a criança pequena no colo e que logo, com paciência, aquele colo estranho se tornará a familiar e a criança acabará por se acostumar àquele desconhecido. Isso acontece porque a criança é movida por uma disciplina biológica que está sendo quebrada pela euforia do amor. Mas, felizmente a grande plasticidade psicológica que existe em um relacionamento saudável permite que ela supere o desrespeito por parte dos pais.

Quando os pais não respeitam a disciplina biológica da criança (enfiando comida em sua boca quando ela está sem fome; mandando que fique quieta desnecessariamente; insistindo que fique no colo de um estranho, mesmo que este pertença a família; lutando para que ela durma na hora em que querem, mesmo sem estar com sono etc), ela reage. Quanto mais velha for a criança mais elaborada será essa reação. Mas, quando a criança reage é muito comum a mãe passar por cima desta reação e continuar lhe impondo sua vontade, configurando assim um abuso de poder por parte da mãe que é maior em tamanho e em capacidade de argumentação. À criança resta engolir suas reações para não desencadear a ira materna.

Nesse jogo de ação e reação, algumas crianças acabam por se demonstrar mais rebeldes. Desde pequenas não aceitam esse tipo de imposição, demonstram força de ego. E, na falta de outros recursos, recorrem àquele que mais conhecem: a birra/ pirraça.

A birra é uma ruptura no relacionamento. Por meio dela o birrento impõe a outra pessoa uma condição “Se você me atender, ótimo; caso contrário, vai sofrer muito”. Trata-se de um estado psicótico de comportamento em que se nega a razão para fazer prevalecer uma vontade. O interessante é que a meta escolhida, a grande motivação da birra, é um capricho, uma vontade desnecessária. Ninguém faz birra porque não quer estudar. Mas porque o pai não deixa comer um chocolate ou não compra um brinquedo no shopping.


Quando a vergonha que a mãe sente é mais forte que a raiva, se a birra ocorre em público, ela acaba atendendo ao desejo da criança antes que a gritaria tome conta do local. O filho venceu. A criança aprendeu que a birra pode ser uma arma para fazer valer suas vontades, principalmente em ambientes em que possa expor a mãe.

Na birra, a criança transforma seu desejo supérfluo em algo essencial e necessário à sua vida. Esse desejo não educado, adquirindo força de instinto, busca a saciedade. Mas logo passa e dá lugar a um novo desejo, deixando a criança constantemente infeliz, pois ela, assim como seus pais, confunde saciedade com felicidade.

Mas quem ensina a criança a fazer birra?
Para chegar à birra, a mãe foi indisciplinada: proibiu e cedeu, proibiu e cedeu. Desrespeitou as próprias proibições, ensinando o filho a fazer o mesmo: desrespeitá-la.

A birra pode ser apenas uma fase, mas se a mãe sempre ceder aos caprichos do filho essa fase pode demorar muito a passar.

Quando a criança nasce é totalmente dependente, mas à medida que vai crescendo vai se tornando ao poucos mais independente, aprende a sentar, se esticar para o objeto que deseja, diz que não com a cabeça, aprende a balbuciar e a falar, aprende a engatinhar, a andar, comer sozinha, enfim, aprende paulatinamente tudo que é preciso para se tornar um indivíduo autônomo enquanto cresce e se desenvolve física e cognitivamente. Porém algumas mães indisciplinadas sentem-se obrigadas a continuar fazendo pela criança aquilo que esta já é capaz de fazer sozinha.

Sabemos, porém, que quando a única realização de uma mulher é ser mãe, arcando com todos os custos, fica difícil aceitar que o filho está crescendo e permitir que ele comece a trocar de roupa sozinho, a escolher a própria comida. É como se ela , de repente, fosse privada do benefício de servir ao próprio filho. Nesse momento é possível que comece uma briga de benefícios que mais tarde tende a converter-se em uma briga de custos.

Em determinado momento, quando a mãe estiver sobrecarregada com a chegada de outro filho ou com atividades diversas, será obrigada a deixar de trocá-la ou alimenta-la. Só que a criança não está acostumada a se virar sozinha, pois não foi isso que a mãe lhe ensinou.

O filho, que nunca precisou arcar com nenhum custo para ter seus benefícios, exceto abrir a boca, vai protestar, exigindo que a mãe sacie suas necessidades de qualquer maneira.

A briga de custos é briga da escravidão. A mãe torna-se escrava das necessidades ou vontades do filho, e este torna-se impotente, portanto, escravo do atendimento da mãe.

Mães saudáveis preparam os filhos para arcar com as suas responsabilidades. Com o passar dos anos, elas vão delegando à criança o poder de se cuidar. Essa autonomia pode dar ao filho a sensação de felicidade. A auto-estima dele cresce ao perceber que pode realizar seus desejos. Felicidade ou saciedade que se ganha “de mão beijada” não aumenta a auto-estima porque dispensa exatamente a capacidade de crescer em liberdade.

Uma mãe pode e deve atribuir tarefas diferentes a cada filho. Nem todos os filhos são iguais. Cada um desenvolve um tipo específico de capacidade. Por isso, os pais não devem se sentir mal quando favorecerem um em detrimento do outro. A preocupação excessiva com a eqüidade é um dos mecanismos que conduzem um indivíduo a agir como um folgado. Sabe como? Quando a mãe se sente na obrigação de realizar pelo filho algo que ele já tem capacidade de executar sozinho apenas porque o faz também pelo filho menor. Então, aquele que já é capaz deixa de exercer sua capacidade e, dentro de si, registra a seguinte mensagem: “Eu posso fazer, mas não vou, pois minha mãe também faz pelo meu irmão”. Tratando-se de filho único: “Eu sou capaz, mas por que vou fazer se minha mãe faz por mim?”.

O mecanismo de folga é, no começo, uma malandragem consciente que em pouco tempo transforma-se em hábito. Com freqüência, a criança não se acha folgada. Sente-se, ao contrário, lesada quando a mãe deixa de fazer o que sempre fez. Esse é o cúmulo da folga: ela passa a cobrar a realização de diversas tarefas como se fosse obrigação da mãe.

As mulheres atribuladas de hoje, que se sentem culpadas por uma série de razões, facilmente entram nesse jogo: favorecem as cobranças dos filhos. Há um casamento perfeito aqui: de um lado, a mãe sufocada pela culpa sente-se obrigada a fazer aquilo que, se avaliasse bem, poderia concluir que não é mais sua função; do outro, o filho folgado. Em outras palavras, é o casamento do folgado (que deixa de fazer) com o sufocado (que se sente obrigado a fazer).

Nas últimas décadas, a mulher emancipou-se e ganhou destaque socioeconômico, profissional e cultural, mas na grande maioria o instinto materno, a inclinação para ocupar-se da perpetuação da espécie, ainda fala mais alto que todas as suas conquistas. Em virtude desse instinto é que ainda hoje as mulheres sentem-se culpadas por ficar longe dos filhos.

Essa mãe, pós-moderna, tem sempre a impressão de contrariar seu instinto materno ao negar algo aos filhos. Por mais adequado que seja um não, ainda assim custa-lhe muito aplicá-lo.

No seu desejo de proteger, de educar e de criar o filho, toda mãe se incomoda muito ao vê-lo sofrendo, principalmente passando fome ou frio. A criança tem que comer de qualquer jeito. Se o filho recusa o alimento que está no prato, a mãe sempre dá um jeito de oferecer um substituto. É justamente aí que ela começa a perder o equilíbrio relacional e a submeter-se aos caprichos infantis, confundindo vontade com necessidade. No entanto, é preciso enfatizar o seguinte: a criança que aprende a comer é mais livre, e portanto, mais feliz. Uma criança feliz não aprisiona a mãe a seus caprichos.

Ficar sem comer um dia não mata a criança; pelo contrário, pode educá-la. A obsessão materna de saciar a fome do filho a qualquer custo o impede de aprender o ciclo vital fome/saciedade, essencial para criar a disciplina relativa ao ato de comer.

E onde fica o pai nisso tudo?
Durante muito tempo, a Psicanálise culpou apenas a mãe. E não poderia ser diferente: no tempo de Freud, quem realmente cuidava das crianças era a mulher. Mas hoje aquele furor antimaterno pode ser dividido entre as duas figuras que compõem o casal.

O pai também é responsável quando o filho se torna um folgado porque nenhuma dinâmica se perpetua se não houver conivência, mesmo que por meio do silêncio. Diante de situações em que o filho é um folgado e a mãe uma sufocada, o silêncio do pai funciona como aprovação do comportamento do filho.

Na experiência do autor, os casos mais complicados de delinqüência ou dependência de drogas recebem uma contribuição enorme da falta de ação do pai. Em última instância, o pai é o grande controlador e a mãe, a grande apoiadora. Quem dá a palavra final do sim ou não, paga ou não, bate ou não é o pai. Tapa de pai é muito diferente de tapa de mãe.

Os delinqüentes sociais nada mais são que os folgados familiares que transformaram o abuso entre as paredes do lar em abuso externo. Não há nenhuma proibição na família, eles fazem tudo o que querem. Daí levam essas vontades para fora de casa e querem saciá-las a todo custo, principalmente quando não há ninguém por perto para inibir, como a presença de uma testemunha, da polícia ou de um fiscal.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Resumo do Livro O PAI-MINUTO

JOHNSON, Spencer. O pai-minuto. 16 ed. Rio de Janeiro: Record, 2001 – 112 páginas.
Palavras-Chaves: Comunicação, Repreensão, Elogios, Amor e Objetivos.

Resumo

O livro em questão aborda formas bem sucedidas de comunicação entre pais e filhos – mas que poderão vir a ser usadas em outras relações interpessoais – que envolvem não mais que um minuto (talvez pouco mais que isso) e que melhoram muito a comunicação, a expressão de sentimentos (impedindo que as pessoas nutram ressentimentos mútuos), e também a convivência dentro e fora de casa.
Johnson usa a figura de um Pai de cinco filhos que com a repentina morte da esposa percebe que apesar de bem-sucedido em seus negócios nunca tinha dado a devida atenção a seus filhos, deixara que sua esposa sozinha os educasse e os disciplinasse e por mais que ela lhe pedisse ajuda e parecesse frustrada com seu relacionamento com os filhos indo de mal a pior ele simplesmente jamais quisera tomar conhecimento dos problemas. Este Pai viu então, que sozinho, não estava conseguindo chegar a lugar nenhum e começou a temer que a indisciplina de seus filhos – a começar pelo mais velho – tivesse conseqüências ainda mais graves. Ele que já estivera em situações semelhantes em outras áreas de sua vida, resolveu então procurar a ajuda de um profissional naquela área.
O médico do livro ensina ao Pai que “ser pai é a arte de se tornar desnecessário”, ou seja, ele ensina que o pai não deve viver tentando administrar a vida de seus filhos, mas sim torná-los capazes de decidir com consciência o que é bom para eles. Então o médico lhe ensina a usar o que ele chama de Repreensão-Minuto, que funciona bem quando:
1º. Quando o Pai (ou alguém lhe valha) diz às crianças de antemão que vai repreendê-las quando seu comportamento for inaceitável para ele. Ele as estimula a serem honestas com ele da mesma maneira;
Primeira Metade da Repreensão:
2º. Repreende as crianças o mais cedo possível;
3º. Diz lhes claramente o que fizeram;
4º. Diz lhes, de maneira direta, exatamente como se sente a respeito do que fizeram;
5º. Fica em silêncio por alguns longos e desagradáveis segundos – para permitir que sintam o que ele está sentindo;
Segunda Metade da Repreensão:
6º. Em seguida, se acalma e toca as crianças de maneira tal que possam ter certeza de que está ao lado delas;
7º. Lembra às crianças que, embora seu comportamento recente não tenha sido bom, ele acha que elas são boas;
8º. Diz às crianças “Eu as amo!” e as abraça. Quando a repreensão acabou, acabou. Não toque mais no assunto;
9º. Mais tarde, no decorrer do dia, escuta o que as crianças têm a dizer;
10º. Conscientiza-se de que, embora possa levar apenas um minuto para repreender suas crianças com amor, os benefícios desta repreensão podem durar a vida toda.
O Pai teve certa dificuldade no começo porque embora amasse seus filhos não estava acostumado a expor seus sentimentos e o ressentimento por parte dos filhos – principalmente do mais velho – certamente criaria alguma barreira. Apesar das resistências o Pai não desistiu, e logo que seus filhos começaram a perceber sua raiva, medos, frustrações e tristezas ou qualquer que fosse seu sentimento em relação a seus atos, seus filhos viram o quanto era desagradável para eles e se sentiam ainda mais perturbados quando ele os tocava de forma carinhosa e lhes diziam que eles eram melhores, muito melhores, do que aquele tipo de comportamento.
A Repreensão-Minuto de repente tornou-se um verdadeiro sucesso – após usá-la muitas vezes, o Pai a tornou seu único método de disciplina – mas, percebeu que seus filhos passaram a usá-la para chamar sua atenção, então discutiam, erravam, eram “maus meninos” apenas para chamar sua atenção, mesmo que fosse somente naquele minuto, pois afinal de contas ele as estava condicionando a somente receberem sua atenção exclusiva, algum gesto de carinho e ainda ouvirem que são amadas quando faziam algo que o desagradava. Foi quando o Pai percebeu que deveria passar a elogiá-los e lhes dizer o quanto ele os ama, o quanto eles são bons não só quando fizessem algo desagradável, mas também quando fizesse algo de bom, então o Pai criou o Elogio-Minuto, que era quando ele surpreendesse um de seus filhos fazendo alguma coisa correta, ou quase correta, ele as elogiaria e as abraçaria de maneira que sentissem-se bem por terem feito semelhante coisa.
O Pai-Minuto (que foi como as crianças passaram a chamá-lo) passou a curtir bem mais sua família a partir de então. E seus filhos passaram a gostar dele e a gostarem deles mesmos e de si próprios muito mais. Todos davam e recebiam as Repreensões-Minuto e os Elogios-Minuto mutuamente. A família toda tornou-se mais feliz mas o Pai-Minuto queria mais, queria que seus filhos tivessem cada um seus próprios objetivos, pois todas as pessoas bem sucedidas que ele conhecera traçaram e alcançaram seus objetivos. O Pai-Minuto criou a partir de então os Objetivos-Minuto, que seriam objetivos (alcançáveis) de curto e médio prazo, que relacionados em um papel podem ser lidos em apenas um minuto. Esses objetivos tanto podem ser do grupo (família) quanto individuais, o importante é que seus filhos tracem objetivos e se empenhem em alcançá-los, e compartilhem suas vitórias com as demais pessoas e assim aumentem sua auto-estima, sentindo-se verdadeiros vencedores.
Na segunda metade do livro o Pai-Minuto divide toda sua bem-sucedida experiência no relacionamento com seus filhos com um outro pai mais jovem, de filhos pequenos, com os mesmos problemas que ele outrora tivera. E este mesmo jovem pai se incumbe então de passar seus novos conhecimentos adiante, criando então uma corrente de pais preocupados em desenvolver uma boa comunicação com seus filhos, repreendendo-lhes, elogiando-lhes e ajudando-lhes a criar seus objetivos de vida.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Por que tanta violência?! De quem era a cabeça dentro do saco?!

Desde semana passada que pipocam notícias de violência na zona norte do Rio de Janeiro, bairros tradicionais como Tijuca e Vila Isabel, que estão situados entre grandes favelas controladas pelo tráfico, viveram momentos de terror televisionados por diversas emissoras em tempo real, um helicóptero foi abatido etc e tal. Tudo isso quem está lendo já sabe, foi notícia de televisão, rádio, jornal, Sites, revistas. O que pouca gente sabe é que na rua detrás da escola onde trabalho foi encontrado, numa praça pública, uma cabeça humana dentro de um saco plástico amarrado a uma bomba. Aumentaram o policiamento da região, desde o fato ocorrido, na tarde de quarta-feira, podemos ver a polícia montada fazendo ronda pelas ruas ao redor, mas nada foi nos dito acerca da procedência daquela cabeça, do poder de destruição da bomba a ela atrelada... Não foi coisa pouca, teve até Esquadrão Anti-Bomba! Mas a mídia nada divulgou... Se tivesse acontecido algo parecido na zona norte, na zona sul ou no centro certamente teria ampla divulgação e investigação, mas como aconteceu numa pracinha pública, num sub-bairro de Campo Grande, na zona oeste, resolveram que não era importante divulgar, afinal o COI (Comitê Olímpico Internacional) está de olho, e deve estar repensando a sede das Olimpíadas de 2016... Eu repensaria!

O que me deixa mais triste, e até com medo, é que é nesse mesmo lugar que eu trabalho, que meus alunos e meus pais moram... Como não viver preocupada? Como me sentir mais segura? Confio em Deus, imagino que ninguém morre se não chegou sua hora, mas mesmo assim tenho medo, sinto-me triste e insegura, nem tanto por mim, mas por meus pais, minha irmã, meus aluninhos e suas famílias.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Feliz Dia dos Mestres!


Ontem foi dia dos professores, as mães dos meus alunos se organizaram, fizeram um belíssimo e delicioso bolo enorme, as crianças inflaram bolas, cantaram parabéns, me deram vários presentes, comi bolo até ficar enjoada. E depois minhas colegas de trabalho e eu fomos comemorar nosso dia numa chopperia perto da escola (Congresso do Chopp). Cheguei em casa tarde mas muito feliz, e nem tanto pelo muito que comi rs, estava feliz porque é nesse dia do ano que recebemos nossas merecidas homenagens, é quando conseguimos ver materializado em bolo, refrigerante, bolas de gás, cantoria, presentes e cartões o tanto que as pessoas reconhecem a importância do nosso trabalho.


O curioso é que as festas realizadas pelos pais dos alunos sempre me parecem proporcionais às festas que fizemos dias antes para seus filhos no Dia das Crianças, rs. Seja reconhecimento verdadeiro ou retribuição ao carinho que demonstramos ao fazer uma festa no dia das crianças com direito a doces, bolo e presentes, o importante é que somos lembrados, homenageados e sentimos dentro de nós, lá no fundo do coração, que embora ainda não sejamos tão bem remunerados como gostaríamos/deveríamos, temos uma profissão que é uma dádiva, um sacerdócio, pois formamos cidadãos, conciliamos brigas, ensinamos hábitos de higiene e de boa alimentação, ensinamos que devemos resolver nossas diferenças através do diálogo, que temos direitos e deveres (e que uma coisa está ligada a outra), sentimos que - abaixo das mães e dos pais - somos as pessoas mais importantes e influentes na vida de nossos alunos... É uma responsabilidade MUITO grande, mas que recebemos com muito amor do Mestre dos mestres e só podemos pedir a Ele saúde e sabedoria para continuarmos a exercer nossa profissão, tão bonita e importante da melhor forma possível.


Eu poderia escrever um livro sobre como a educação no nosso país está degradada, sobre como nossos governantes poderiam investir muito mais em educação obtendo assim retorno social nas demais áreas (saúde, segurança...), mas não na semana do Dia dos Mestres... Essa semana apenas devemos refletir e nos orgulhar porque somos realmente importantes, "a elite intelectual do nosso país"!


Sou muito feliz como professora de Educação Infantil, sinto-me ainda mais importante porque sei que estou construindo BASES, ALICERCES... Todos sabemos que quando os alicerces são fortes podemos construir edifícios, arranhacéus imensos e é dessa forma que vejo a importância do meu trabalho! Sou uma professora MUITO BEM RESOLVIDA, não fico me lamentando de ganhar pouco, quando escolhi ser professora eu sabia que não seria milionária, quando fiz o concurso para ser professora do município eu li no edital de quanto seria o meu salário, meus alunos, seus pais, eles não têm culpa do quanto ganho ou deixo de ganhar, e o que determina a profissional que sou não é o quanto eu ganho, mas o quanto eu gosto do que eu faço, o quanto eu me sinto feliz e realizada por fazer a diferença... Já abandonei duas turmas de alunos mais velhos, alunos que não tiveram seus alicerces bem construídos, que não valorizavam a educação formal, não respeitavam o ambiente escolar, não respeitavam uns aos outros, não me respeitavam como professora... Não me arrependo, me fazia mal, mais do que de dinheiro eu preciso de respeito, preciso saber que meus alunos estão ali para aprender e assim consigo lhes provocar sede e fome de conhecimento, dar boas aulas, exercer minha função com maestria. Pra quem não me entende: imagine se você quisesse fazer um bolo e os ingredientes começassem a pular para fora da batedeira, os ovos, a farinha de trigo, o açúcar, o leite, todos pulando para fora, recusando-se a serem batidos, a se tornarem uma massa homogenea, a ir para o forno crescer. Seria impossível fazer um bolo assim não é? Pois também é impossível dar aula pra quem vai pra escola apenas merendar, brincar, namorar, brigar e arrumar confusões, depredar a escola... Sei que existe gente que consegue lecionar assim, mas sei também que não podem garantir a qualidade desse ensino. Alunos assim fazem "bolo solado", sociedade degradada... Hoje posso dizer que prefiro os menores de 6 anos, crianças pequenas que ainda não foram contaminadas pela violência, rebeldia, vícios e erotismo.


Ontem assisti uma reportagem que falava que "o problema da educação está na péssima formação dos professores..." O que eu sei é que sou pós-graduada, estou sempre indo a cursos, congressos e seminários, sempre lendo assuntos relativos ao meu trabalho, sou assinante de uma revista exclusiva para professores, chego a investir metade do que ganho em formação continuada, então não venham me culpar de coisa alguma! Todos sabemos que EDUCAÇÃO VEM DE CASA, e se cada dia que passa está mais difícil ser professor nesse país, nem é por causa do salário mas, é porque as famílias de nossos alunos cada vez mais tiram de cima de si a responsabilidade pela educação de suas crianças, as famílias estão desestruturadas, pai e mãe muitas vezes são os avós que já criaram seus filhos e já não têm mais paciência para educar seus netos, terminando por satisfazer todas as vontades das crianças para que não chorem, não façam birra, não conseguem lhes dizer NÃO... Pais permissivos, sociedade onde os fins justificam os meios, fica difícil ser educador/professor, ter de dizer não, disciplinar, impor uma rotina... Por essas e muitas outras coisas é que muitas amigas que concluiram o curso normal comigo estão trabalhando em lojas de roupas, que muita gente que fez faculdade de pedagogia comigo nem pensa em lecionar (apenas queriam um diploma de curso superior), muita gente que fez pós-graduação comigo está cursando outros cursos porque são pessoas que colecionam títulos e diplomas, escrevem artigos baseados na prática de outras pessoas...


Meus parabéns a todos os meus amigos de profissão!

Para mim todos os dias são dias dos professores, toda vez que uma criança me traz uma flor catada no caminho da escola, me dá um beijo, faz um desenho com corações e beijos de batom e me dá ou demonstra que aprendeu alguma coisa, que superou uma dificuldade eu me sinto feliz e homenageada, compensada e recompensada!


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Como surgiu o Dia das Crianças?!

O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920.


Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de "criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.

Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes!

Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto. A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.


Em outros países

Alguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez das crianças da China e do Japão comemorarem!

Dia Universal da Criança

Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.


Fonte: site Shopping b - www.shoppingb.com.br

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Tristeza Comum X Depressão

Outro dia, na escola onde trabalho, tive uma conversa interessante com duas colegas durante o nosso almoço. Falávamos sobre tristezas e depressão, assunto que nos levou a um impasse: qual a diferença – e como diferenciar – entre a tristeza comum e a depressão?
Uma das colegas disse que já teve tristeza profunda, onde mal conseguia sair de casa, eu disse que, no meu caso, o que eu tive não foi apenas tristeza, foi depressão, porque além de tristeza profunda eu tinha crises de choro, falta de vontade de sair de casa, de trabalhar, de cuidar da casa, de cozinhar, de comer e vontade de morrer, de dormir e nunca mais acordar... Pra mim estava claro: ela teve tristeza e eu tive depressão, mas ela e a outra colega ainda não estavam convencidas disso... O assunto acabou junto com a refeição, mas pela primeira vez fiquei intrigada com o assunto. Não voltei a tocar no assunto com mais ninguém até então. Voltei a falar/escrever sobre o assunto agora porque no último domingo, por acaso, li uma matéria numa revista – Época Negócios, de março de 2008 - No. 13 - ano 2 – uma entrevista com o americano Jerome Wakefield, professor da Universidade de Nova York, com formação em psicologia e doutorado em filosofia, que nos últimos anos debruçou-se sobre a depressão – uma doença hoje considerada epidêmica – e sobre a linha tênue que a separa da tristeza comum, provocada pelas desventuras da vida.
A matéria toda era muito interessante, mas na entrevista, a pergunta que mais me chamou atenção foi: COMO NÃO CONFUNDIR TRISTEZA COMUM COM DEPRESSÃO? A resposta dada foi a seguinte “A depressão é um quadro clínico no qual o sofrimento não tem nenhuma relação com o contexto que a pessoa está vivendo, ou no qual sua resposta emocional é completamente desmedida em relação ao evento que provocou aquele sentimento. A tristeza comum – que pode ser intensa – é uma resposta natural a um acontecimento real. Essa distinção não é fácil. Há uma linha tênue entre as duas coisas e sempre haverá casos controversos.”
Com essa resposta concluí que eu estava certa – como quase sempre, rs – o que tive foi mesmo depressão, porque nenhum dos meus problemas poderia justificar minha vontade de morrer.
O importante é que eu superei, já não sinto mais desejo de morrer, nem dificuldades pra dormir. Sinto-me renovada e confiante!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

SABE A RAZÃO DOS NOMES DOS ANJOS ?



Gabriel, Rafael, Miguel e outros anjos... Todos terminam com 'el'.

Com base nos escritos de estudiosos sérios, teólogos e rabinos, novas
tabelas de anjos foram criadas!

NOVOS ANJOS

Aluguel - anjo mau. Não deixa a pessoa conseguir sua casa própria;


Embratel - anjo protetor do monopólio das comunicações;

Chanel - anjo protetor dos costureiros, estilistas e outros boiolas;

Papai Noel - anjo protetor do comércio. Só aparece no fim do ano para
acabar com seu 13º salário.

Tonel - anjo protetor dos alcoólatras anônimos e bêbados em geral;

Pastel - anjo protetor das colônias japonesas e chinesas;

Gel - anjo que protege as pessoas com cabelos rebeldes;

Manoel - anjo protetor das piadas preconceituosas;

Papel - anjo protetor daqueles com intestinos soltos;

Anatel - anjo que, como qualquer outro órgão do governo, não serve
para coisa nenhuma!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Nhoque da Sorte - A lenda da prosperidade, rs.

O nhoque, ou gnocchi, é o prato típico da culinária italiana, a receita tradicional é preparada à base de batatas cozidas e amassadas com um pouco de farinha de trigo, manteiga e ovos. Hoje, já contamos uma enorme variedade de tipos, de molhos e de recheios..isso mesmo, recheios! Inicialmente, feita com semolina de trigo, à partir do século XVII na Itália, passou a ser preparada com batata, que associada à farinha de trigo, torna-se a base da fórmula utilizada hoje.


Para a preparação desse delicioso e muito apreciado prato, o ideal é o uso de uma variedade de batata farinhenta, ou seja, de polpa mais absorvente e que desmancha facilmente, e que, diga-se de passagem, é a melhor também para o preparo do purê.


Como absorve mais facilmente os líquidos, é melhor cozinhar as batatas com casca e, para evitar que estoure, deve ser colocada em água salgada e fria, e levada ao fogo baixo, tampada, onde cozinhará por mais ou menos 1 hora, dependendo do tamanho.


Nhoque da Sorte

Tradicionalmente, usa-se comer nhoque no dia 29 de cada mês, com uma nota de dinheiro debaixo do prato.


Segundo a crença popular, isso traz riqueza. Há quase tantas versões da lenda desse nhoque da sorte quanto de receitas. Uma das lendas conta que um casal de velhinhos de Friuli, norte da Itália, num dia 29 de agosto, ofereceu um prato de nhoque a um mendigo que agradeceu desejando fortuna aos benfeitores. Quando foram recolher a mesa, encontraram moedas sob o prato. E nunca mais lhes faltou dinheiro.


Outra história conta que um missionário, ao passar por uma aldeia, foi calorosamente recebido com um prato de nhoque. O missionário gostou tanto da recepção que aconselhou os habitantes a se reunirem sempre daquela forma, para que a aldeia prosperasse. E foi o que aconteceu.


Com o tempo, a lenda foi ganhando força na figura de uma senhora que abria sua casa nos dias 29 aos viajantes, para servir um prato de nhoque e, embora pobre, não cobrava por isso, mas alguns deixavam dinheiro embaixo do prato e, com ele, a mulher comprava os ingredientes para o nhoque do mês seguinte. Ninguém sabe se a mulher ficou rica, e nem de que eram feitos os nhoques, mas não importa. O fato é que devia mesmo ser uma ótima receita e ela provavelmente oferecia com tanto prazer que isso lhe trazia sorte.


De qualquer forma, o nhoque é um ótimo pretexto para juntar os amigos, beber e se divertir.


Há quem diga que, além da cédula embaixo do prato, os sete primeiros nhoques devem ser comidos em pé, cada um acompanhado de um desejo... e boa sorte!


Br Chef


Fonte: http://www.br.inter.net/especiais/exibe_noticia.php?id_noticia=129637

PS. Como não acredito na lenda, comi meu nhoque hoje mesmo, rs.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Cabana


Acho que a Primavera, mesmo essa que começou tão chuvosa e com poucas flores (apenas as que eu recebo dos meus aluninhos diariamente, rs), costuma me deixar romântica, sentimental... Retrato disso foi o primeiro texto que postei nessa estação - uma poesia, rs -, mas estive escrevendo pouco porque estava lendo um livro delicioso que comprei no último domingo (na XIV Bienal do Livro), o livro em questão é A CABANA, de William P. Young. Esse livro é tão gostoso que quando comecei a ler tive vontade de não parar até acabar, quando era interrompida ficava chateada e me despedia do livro com pesar, quando terminei tive vontade de ler novamente e quando o emprestei para o meu pai fiquei com um tremendo vazio... Não é exagero meu, há bastante tempo que eu não lia nada que me tocasse tanto! Gostei tanto, tanto, que resolvi postar aqui a resenha do livro, para divulgar tão boa leitura...


“Esta história deve ser lida como se fosse uma oração – a melhor forma de oração, cheia de ternura, amor, transparência e surpresas. Se você tiver que escolher apenas um livro de ficção para ler este ano, leia A Cabana.” – Michael W. Smith.

Publicado nos Estados Unidos por uma editora pequena, A cabana se revelou um desses livros raros que, através do entusiasmo e da indicação dos leitores, se torna um fenômeno de público – já são quase dois milhões de exemplares vendidos – e de imprensa.

Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mack Allen Phillips é raptada e evidências de que ela foi brutalmente assassinada são encontradas numa cabana abandonada.
Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o para voltar à cabana onde aconteceu a tragédia.
Apesar de desconfiado, ele vai ao local do crime numa tarde de inverno e adentra passo a passo no cenário de seu mais terrível pesadelo. Mas o que ele encontra lá muda o seu destino para sempre.
Em um mundo tão cruel e injusto, A cabana levanta um questionamento atemporal: Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento?
As respostas que Mack encontra vão surpreender você e podem transformar sua vida de forma tão profunda quanto transformou a dele. Você vai querer partilhar este livro com todas as pessoas que ama.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Poesia em forma de mulher


Algum dia eu resolvi
Que eu seria uma poesia em forma de mulher.
Eu ainda não era mulher,
Era menina,
Mas era resolvida.
E resolvi que seria poesia!
Poesia que rima,
Poesia que encanta,
Poesia de menina!
Que escreve,
Que rascunha,
Que se ilude,
E que sonha!
Que sonha ser mulher,
Mulher-poesia,
Mulher que rima
Com tudo que é belo na vida.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Reforma Eleitoral?!

Num país que se diz DEMOCRÁTICO uma reforma eleitoral como a votada essa semana deveria ser votada em plebiscito e não pelos mais interessados que as reformas não aconteçam...

E não estou falando sobre a propaganda eleitoreira na Internet, em blogs, Sites e páginas de Sites de relacionamento como o Orkut, porque pra mim tanto faz se eles vão ou não poder usar esses recursos, desde que não encham minha caixa de e-mail com seus malditos Spams. Estou falando sobre o fato daqueles que têm algum processo na justiça, que estão sendo acusados, investigados de algum crime ou ilicitude poderem ou não se candidatar aos cargos políticos. Se fosse votado que aqueles que respondem a processos na justiça não pudessem se candidatar, muitos deles não poderiam participar do pleito eleitoral ano que vem, principalmente os bandidos, os marginais de colarinho branco, os milicianos.

Foi votado, também, a volta das casas de bingos e das máquinas de caça-níqueis, afinal, ano que vem é ano de eleição e que melhor maneira de lavar dinheiro e arrecadar grana não declarada para investir em propagandas eleitorais?

Minha revolta é que mesmo a mídia divulgando tudo isso, praticamente em tempo real, ninguém se manifesta, não vemos ninguém de cara pintada protestando nas ruas. A elite intelectual do país se cala mais uma vez e o povo é covardemente obrigado a pensar que é assim mesmo: que eles votam, os políticos roubam e a vida continua, em fevereiro de 2010 teremos mais carnaval, o Bolsa Família vai ter aumento e o Rio vai ser sede das Olimpíadas de 2016, se Deus quiser!


Isso me faz pensar que: se uma Reforma Eleitoral é feita dessa forma tão... Uma Reforma Educacional é uma utopia! Mas isso me faz doer o coração e prefiro não pensar assim, prefiro tentar ser otimista, fazer minha campanha pessoal em prol da eleição presidencial do Senador Cristóvam Buarque (nele eu ainda acredito) e pesquisar quais outros candidatos ainda posso confiar (desconfiando, rs).

Para refletir: "OS POLÍTICOS E AS FRALDAS DEVEM SER MUDADOS FREQUENTEMENTE E PELA MESMA RAZÃO". Eça de Queirós

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Má Influenza (ou Influenza nem tão má assim?!)

Acho que todos já ouviram falar em Influenza A (H1N1) e por causa dela adquiriram novos hábitos também: lavar as mãos várias vezes ao dia, passar álcool gel, tossir e espirrar com lenço de papel na frente, não ficar em locais fechados etc. Claro que a morte de várias pessoas foi um ônus bastante negativo, mas o lado positivo (e dizem que tudo tem seu lado positivo) foi que as pessoas passaram a ser mais asseadas, a ter uma melhor higiene pessoal, o que contribui não apenas para a profilaxia da famigerada gripe suína, mas também da gripe comum e de outras tantas doenças que podem ser evitadas com o simples hábito de lavar as mãos e de evitar ambientes fechados.

A gripe comum foi responsável por 17 mortes por dia em São Paulo no ano passado. Ao todo, 6.324 pessoas morreram na cidade em 2008 devido a males provocados pela gripe, como pneumonias, bronquites e outras doenças pulmonares. Mas as pessoas não se preocupam com a gripe comum, ou gripe sazonal, porque esta costuma matar mais as pessoas idosas, acima de 80 anos ou pessoas jovens já bastante debilitadas, as pessoas se preocupam apenas com a Influenza A (H1N1) porque esta não escolhe suas vítimas e ainda parece ter uma certa preferência por jovens grávidas...

O que quero dizer aqui é que existem diversos tipos de Influenza, e que a gripe comum também é motivo de preocupação, os novos hábitos de higiene recém adquiridos não vão evitar apenas a H1N1, mas também vários outros vírus – e até mesmo algumas verminoses –, o que não pode virar uma paranóia, um transtorno como o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), mas deve ser uma coisa natural, assim como escovar os dentes e/ou tomar banho.

Eu trabalho com turma de Educação Infantil, crianças de 4 e 5 anos, e foi bastante interessante retornar do recesso e constatar que a maioria delas não tinha o hábito de lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro, e o mais interessante foi perceber que, rapidamente, em menos de uma semana elas passaram a pedir o sabonete líquido (que na Prefeitura do Rio é, na verdade, um detergente de lavar louças, RS) e o álcool gel, elas adquiriram muito depressa esses novos hábitos de higiene, o que nos faz perceber que é possível construir uma sociedade mais higiênica, mais asseada, com menos problemas de saúde causados por vírus e verminoses.

Eu sei de algumas pessoas adultas que ainda não adquiriram o hábito de lavar as mãos com água e sabão após usar o banheiro, quando eu penso que o ideal seria lavarem as mãos antes e depois – mas aqui fica subtendido como cada um vê a pureza do sexo, RS – e também deveriam todos, adultos e crianças, tomar vermífugos ao menos uma vez por ano porque sabemos que a nossa água encanada, apesar de tratada, chega a nossas torneiras através de tubulação muito antiga que atravessa vários bairros e passa pertinho, do lado, de tubulações de esgoto gerando contaminação. Fora as refeições e os lanches que fazemos na rua, aquelas folhas de alface do restaurante self-service, ou no hambúrguer do fast-food, nós nunca sabemos se foram lavadas em água corrente, colocadas de molho em água com vinagre ou água sanitária, como fazemos em nossas casas...

Se houve algum bônus com essa nova Influenza foi fazer a sociedade repensar seus hábitos de higiene e adquirir novos, evitando não apenas as gripes mas também algumas outras doenças por tabela.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Eis que a verborréia abundou, rs.

Como professora, preciso fazer relatórios nos registros individuais dos meus alunos, fora o registro das vivências da turma ao longo de cada mês e os planejamentos do bimestre, enfim, são muitos papéis a preencher e cada um tem uma peculiaridade, a mais bizarra é a que tenho de escrever de forma impessoal, em terceira pessoa, falando de mim mesma, do que eu fiz, como se estivesse falando de outra pessoa, tipo "durante o período a professora incentivou os alunos a...", entende?! Parece loucura!

Em todos esses relatórios, registros e planejamentos eu preciso usar um vocabulário rebuscado, ser cuidadosa na escolha de cada palavra a ser colocada, até para não me gerar problemas posteriores, afinal vivemos num tempo onde chamar alguém de bonito pode ser considerado sarcástico e gerar algum processo judicial... As pessoas estão loucas, querem processar alguém a qualquer custo, seja você pessoa física ou jurídica, por isso não devemos dar chance ao azar de alguém ler nossos relatórios e achar ruim a forma pela qual chamamos um aluno de bonito, de fofinho... Sendo assim, devemos usar e abusar de um recurso chamado EUFEMISMO, onde se nós considerarmos um aluno porco, jamais devemos escrever isso, devemos escrever: o aluno ainda não desenvolveu hábitos próprios de higiene pessoal e de cuidado com os seus pertences. Entendeu? Algumas vezes usamos palavras tão bonitas que pessoas com menos estudos não vão entender metade, rs.

Isso me fez lembrar a piada de Rui Barbosa que sempre conto pra exemplificar a diferença entre a linguagem culta e a linguagem coloquial, ou para falar sobre a Teoria das Inteligências Múltiplas (Gadner), onde eu demonstro que, na piada, embora o Rui Barbosa tivesse uma inteligência linguística muito bem desenvolvida, ele precisava trabalhar um pouco mais, muito mais, sua inteligência interpessoal. Veja:

Um ladrão foi roubar galinhas justamente na casa do catedrático Rui Barbosa, quando já estava saindo com um frango debaixo do braço eis que o dono da casa surge por trás dele e esbraveja, com toda aquela eloquência que lhe era peculiar:
- Não é pelo bico de bípede, nem pelo valor intrínseco do galináceo, mas por ousares transpor os umbrais de minha residência! Se for por mera ignorância perdoo-te, mas se for para abusar de minh'alma prosopopéia, juro pelos tacões metabólicos dos meus calçados que dar-te-ei tamanha bordoada que transformarei tua massa encefálica em cinzas cadavéricas!!!
O ladrão sem entender nada, perguntou:
- E então, como é que é seu Rui, eu posso ou não levar o frango?!?!

Rsrs. É antiga, já faz parte do meu repertório de piadas há muitos anos, mas ainda me faz rir contá-la, me faz rir também a reação de algumas pessoas quando eu conto de memória, rs.