quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Má Influenza (ou Influenza nem tão má assim?!)

Acho que todos já ouviram falar em Influenza A (H1N1) e por causa dela adquiriram novos hábitos também: lavar as mãos várias vezes ao dia, passar álcool gel, tossir e espirrar com lenço de papel na frente, não ficar em locais fechados etc. Claro que a morte de várias pessoas foi um ônus bastante negativo, mas o lado positivo (e dizem que tudo tem seu lado positivo) foi que as pessoas passaram a ser mais asseadas, a ter uma melhor higiene pessoal, o que contribui não apenas para a profilaxia da famigerada gripe suína, mas também da gripe comum e de outras tantas doenças que podem ser evitadas com o simples hábito de lavar as mãos e de evitar ambientes fechados.

A gripe comum foi responsável por 17 mortes por dia em São Paulo no ano passado. Ao todo, 6.324 pessoas morreram na cidade em 2008 devido a males provocados pela gripe, como pneumonias, bronquites e outras doenças pulmonares. Mas as pessoas não se preocupam com a gripe comum, ou gripe sazonal, porque esta costuma matar mais as pessoas idosas, acima de 80 anos ou pessoas jovens já bastante debilitadas, as pessoas se preocupam apenas com a Influenza A (H1N1) porque esta não escolhe suas vítimas e ainda parece ter uma certa preferência por jovens grávidas...

O que quero dizer aqui é que existem diversos tipos de Influenza, e que a gripe comum também é motivo de preocupação, os novos hábitos de higiene recém adquiridos não vão evitar apenas a H1N1, mas também vários outros vírus – e até mesmo algumas verminoses –, o que não pode virar uma paranóia, um transtorno como o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), mas deve ser uma coisa natural, assim como escovar os dentes e/ou tomar banho.

Eu trabalho com turma de Educação Infantil, crianças de 4 e 5 anos, e foi bastante interessante retornar do recesso e constatar que a maioria delas não tinha o hábito de lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro, e o mais interessante foi perceber que, rapidamente, em menos de uma semana elas passaram a pedir o sabonete líquido (que na Prefeitura do Rio é, na verdade, um detergente de lavar louças, RS) e o álcool gel, elas adquiriram muito depressa esses novos hábitos de higiene, o que nos faz perceber que é possível construir uma sociedade mais higiênica, mais asseada, com menos problemas de saúde causados por vírus e verminoses.

Eu sei de algumas pessoas adultas que ainda não adquiriram o hábito de lavar as mãos com água e sabão após usar o banheiro, quando eu penso que o ideal seria lavarem as mãos antes e depois – mas aqui fica subtendido como cada um vê a pureza do sexo, RS – e também deveriam todos, adultos e crianças, tomar vermífugos ao menos uma vez por ano porque sabemos que a nossa água encanada, apesar de tratada, chega a nossas torneiras através de tubulação muito antiga que atravessa vários bairros e passa pertinho, do lado, de tubulações de esgoto gerando contaminação. Fora as refeições e os lanches que fazemos na rua, aquelas folhas de alface do restaurante self-service, ou no hambúrguer do fast-food, nós nunca sabemos se foram lavadas em água corrente, colocadas de molho em água com vinagre ou água sanitária, como fazemos em nossas casas...

Se houve algum bônus com essa nova Influenza foi fazer a sociedade repensar seus hábitos de higiene e adquirir novos, evitando não apenas as gripes mas também algumas outras doenças por tabela.

2 comentários:

  1. Bom dia Querida !
    Seu texto ( bem oportuno ) me faz lembrar o poder que a mídia tem, em convencer as pessoas acerca de qualquer assunto. Pena que essa mesma mídia seja usada muitas vezes de forma inescrupulosa, tendenciosa, sensacionalista.
    Seria tão bom (o mundo ideal rs) se pudessemos ter sempre matérias e reportagens que trouxessem benefícios à população de um modo geral.
    Verdade que, como voce comentou a respeito da gripe, toda essa exposição na mídia fez as pessoas mudarem e adotarem hábitos simples, que evitam grandes problemas.
    Valeu pelo texto !!
    Bjos

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  2. Sheldon falou pouco, mas falou tudo! Concordo em gênero, número e grau.

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