sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

1ª Jornada Pedagógica da Educação Infantil

A 1ª Jornada Pedagógica da Educação Infantil teve início dia 13/12 e encerrou hoje, as palestras foram ministradas na MultiRio e transmitidas às telessalas, em tempo real, por circuito fechado, via satélite. A interatividade deveria permitir troca de experiências e ideias entre participantes e conferencistas, mas não foi bem assim que aconteceu, as duas perguntas que enviei não foram respondidas, os dez minutos que tínhamos de intervalo mal davam tempo para debatermos o que assistirmos, visto que as professoras mediadoras nos faziam participar de dinâmicas, leituras de textos (tipo autoajuda), enquanto boa parte do grupo se dissipava para ir ao banheiro, lanchar ou fumar um cigarro.

A programação do evento foi a seguinte:

  • 13 de dezembro – Muito prazer! Sou professor de Educação Infantil.
Palestrante: Emilia Cipriano.
 - Comentário pessoal: A Drª Emília foi muito bem, não usou telas de projeção, demonstrou que não tem apenas uma excelente bagagem teórica, mas que também teve a vivência de ser professora da Educação Infantil. Fez citações belíssimas de Mario Quintana a Rubem Alves, ilustrou suas falas com exemplos práticos. Não disse nenhuma novidade, mas foi brilhante em tudo que disse!


  • 14 de dezembro – Novos paradigmas da Educação Infantil e Educação Infantil no mundo contemporâneo.
Palestrante: Eliana Bhering.
- Comentário pessoal: A Drª Eliana ficou muito presa aos slides que trouxe, mostrou que apesar de seu maravilhoso currículo, com doutorado em Londres e pós-doutorado pela UFF, tem muita bagagem teórica e praticamente nenhuma prática como professora de Educação Infantil. Seus slides com fotos de crianças loirinhas, turmas com no máximo 15 aluninhos, escolas com ambientes amplos, devidamente organizados, arejados, com horta, nada tinham a ver com a realidade da maioria das escolas municipais do nosso país. Não fez nenhuma citação brilhante e deixou MUITO a desejar nas respostas que deu nos momentos "roda de conversas" e "tira dúvidas", pigarreando muito, sem nada ter na garganta, visivelmente tentando "ganhar tempo" para criar uma resposta que nos convencesse... Deprimente!


  • 15 de dezembro – Relações étnico-raciais na Educação Infantil.
Palestrante: Mairce Araujo.
- Comentário pessoal: A Drª Maírce também não disse nada de novo, cometeu vários erros de concordância em seu monólogo. Não fez sugestões de livros, nem de periódicos, nem de sites onde pudéssemos pesquisar mais o assunto. Não me enriqueceu em nada!

  • 16 de dezembro – Essencialmente criança? Inclusão na Educação Infantil.
Palestrante: Monica Pereira dos Santos.
- Comentário pessoal: Para este dia eu não me inscrevi, era dia do 5ºCOC da minha escola. Uma amiga minha foi e disse que todas as salas estavam vazias pelo mesmo motivo - Conselho de Classe.

  • 17 de dezembro – Desenvolvimento da aprendizagem.
Palestrante: Fábio Barbirato.
- Comentário pessoal: O Dr. Fábio foi brilhante, não ficou preso aos slides, deu muitos exemplos práticos, respondeu com maestria todas as perguntas feitas e, como eu, achou que as palestras deveriam ter sido presenciais, que o olho-no-olho enriquece mais a experiência de "troca". Ele fez propaganda de seu livro, falou de seu projeto com psiquiatria infantil na Santa Casa de Misericórdia, e que na compra de seu livro estaremos ajudando a sustentar esse belíssimo projeto! Foi uma grata surpresa a palestra do Dr. Barbirato, foi o que "salvou", na minha opinião, toda essa semana de Jornada Pedagógica.

OBS. Não sei se foi porque foi na EMERJ, mas esse último dia foi o único no qual percebi uma boa organização do evento.

2 comentários:

  1. Fernanda, estava aqui pensando se ia comentar ou não... mas vi uma criança chorando ao lado então não resisti! rsrs Bom, estava procurando no gloogle o nome de uma professora Drª para colocar na folha de rosto da minha dissertação. Encontrei, de cara, o seu comentário sobre o trabalho dela. Me interessei. Foi então que entrei no seu blog. Ainda mais surpresa fiquei quando vi que era cristã. Sou mestranda, convivo com pessoas que não tiveram experiências com Deus, e que precisam experimentar do amor de Jesus. Nós devemos sentir esse amor uns pelos outros. Há uma ética que permite com que convivamos, e o princípio da nossa ética, como servos de Deus, é amar, tolerar os defeitos dos outros. Jesus fez isso por nós. Em Romanos o apóstolo Paulo diz que não há quem seja indesculpável. O sacrifício de Jesus nos iguala. Digo tudo isso pois numa situação dessa a gente se expõe a ouvir aquela frase: _E é crente, hein?
    Temos que respeitar os limites dos outros pois, embora às vezes esqueçamos, também somos limitados.
    Um abraço no amor de Cristo!

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    1. Olá! Não sei teu nome porque o comentário foi anônimo, só hoje que li, tenho tido pouco tempo para me dedicar ao blog e ele não me envia nenhuma notificação de comentários que recebo... Eu não comentei sobre as palestras com desamor, apenas com senso crítico de quem esperava uma experiência enriquecedora para minha prática pedagógica e me decepcionei... Se ser cristã é não ter senso crítico, é aceitar migalhas de conhecimento de quem tem títulos de mestrado e doutorado e aplaudir de pé, então talvez eu não seja cristã... Creio que ter fé em Cristo, amar a Deus sobre todas as coisas e ao meu próximo como a mim mesma não tira de mim a obrigação de ter senso crítico e de desenvolvê-lo nos meus alunos! Leia mais Paulo Freire e depois volte aqui para nós conversarmos, ou me adicione no facebook: FERNANDA PINHEIRO LOPES. Um abraço no amor de Cristo!

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