segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Resumo do Livro O PAI-MINUTO

JOHNSON, Spencer. O pai-minuto. 16 ed. Rio de Janeiro: Record, 2001 – 112 páginas.
Palavras-Chaves: Comunicação, Repreensão, Elogios, Amor e Objetivos.

Resumo

O livro em questão aborda formas bem sucedidas de comunicação entre pais e filhos – mas que poderão vir a ser usadas em outras relações interpessoais – que envolvem não mais que um minuto (talvez pouco mais que isso) e que melhoram muito a comunicação, a expressão de sentimentos (impedindo que as pessoas nutram ressentimentos mútuos), e também a convivência dentro e fora de casa.
Johnson usa a figura de um Pai de cinco filhos que com a repentina morte da esposa percebe que apesar de bem-sucedido em seus negócios nunca tinha dado a devida atenção a seus filhos, deixara que sua esposa sozinha os educasse e os disciplinasse e por mais que ela lhe pedisse ajuda e parecesse frustrada com seu relacionamento com os filhos indo de mal a pior ele simplesmente jamais quisera tomar conhecimento dos problemas. Este Pai viu então, que sozinho, não estava conseguindo chegar a lugar nenhum e começou a temer que a indisciplina de seus filhos – a começar pelo mais velho – tivesse conseqüências ainda mais graves. Ele que já estivera em situações semelhantes em outras áreas de sua vida, resolveu então procurar a ajuda de um profissional naquela área.
O médico do livro ensina ao Pai que “ser pai é a arte de se tornar desnecessário”, ou seja, ele ensina que o pai não deve viver tentando administrar a vida de seus filhos, mas sim torná-los capazes de decidir com consciência o que é bom para eles. Então o médico lhe ensina a usar o que ele chama de Repreensão-Minuto, que funciona bem quando:
1º. Quando o Pai (ou alguém lhe valha) diz às crianças de antemão que vai repreendê-las quando seu comportamento for inaceitável para ele. Ele as estimula a serem honestas com ele da mesma maneira;
Primeira Metade da Repreensão:
2º. Repreende as crianças o mais cedo possível;
3º. Diz lhes claramente o que fizeram;
4º. Diz lhes, de maneira direta, exatamente como se sente a respeito do que fizeram;
5º. Fica em silêncio por alguns longos e desagradáveis segundos – para permitir que sintam o que ele está sentindo;
Segunda Metade da Repreensão:
6º. Em seguida, se acalma e toca as crianças de maneira tal que possam ter certeza de que está ao lado delas;
7º. Lembra às crianças que, embora seu comportamento recente não tenha sido bom, ele acha que elas são boas;
8º. Diz às crianças “Eu as amo!” e as abraça. Quando a repreensão acabou, acabou. Não toque mais no assunto;
9º. Mais tarde, no decorrer do dia, escuta o que as crianças têm a dizer;
10º. Conscientiza-se de que, embora possa levar apenas um minuto para repreender suas crianças com amor, os benefícios desta repreensão podem durar a vida toda.
O Pai teve certa dificuldade no começo porque embora amasse seus filhos não estava acostumado a expor seus sentimentos e o ressentimento por parte dos filhos – principalmente do mais velho – certamente criaria alguma barreira. Apesar das resistências o Pai não desistiu, e logo que seus filhos começaram a perceber sua raiva, medos, frustrações e tristezas ou qualquer que fosse seu sentimento em relação a seus atos, seus filhos viram o quanto era desagradável para eles e se sentiam ainda mais perturbados quando ele os tocava de forma carinhosa e lhes diziam que eles eram melhores, muito melhores, do que aquele tipo de comportamento.
A Repreensão-Minuto de repente tornou-se um verdadeiro sucesso – após usá-la muitas vezes, o Pai a tornou seu único método de disciplina – mas, percebeu que seus filhos passaram a usá-la para chamar sua atenção, então discutiam, erravam, eram “maus meninos” apenas para chamar sua atenção, mesmo que fosse somente naquele minuto, pois afinal de contas ele as estava condicionando a somente receberem sua atenção exclusiva, algum gesto de carinho e ainda ouvirem que são amadas quando faziam algo que o desagradava. Foi quando o Pai percebeu que deveria passar a elogiá-los e lhes dizer o quanto ele os ama, o quanto eles são bons não só quando fizessem algo desagradável, mas também quando fizesse algo de bom, então o Pai criou o Elogio-Minuto, que era quando ele surpreendesse um de seus filhos fazendo alguma coisa correta, ou quase correta, ele as elogiaria e as abraçaria de maneira que sentissem-se bem por terem feito semelhante coisa.
O Pai-Minuto (que foi como as crianças passaram a chamá-lo) passou a curtir bem mais sua família a partir de então. E seus filhos passaram a gostar dele e a gostarem deles mesmos e de si próprios muito mais. Todos davam e recebiam as Repreensões-Minuto e os Elogios-Minuto mutuamente. A família toda tornou-se mais feliz mas o Pai-Minuto queria mais, queria que seus filhos tivessem cada um seus próprios objetivos, pois todas as pessoas bem sucedidas que ele conhecera traçaram e alcançaram seus objetivos. O Pai-Minuto criou a partir de então os Objetivos-Minuto, que seriam objetivos (alcançáveis) de curto e médio prazo, que relacionados em um papel podem ser lidos em apenas um minuto. Esses objetivos tanto podem ser do grupo (família) quanto individuais, o importante é que seus filhos tracem objetivos e se empenhem em alcançá-los, e compartilhem suas vitórias com as demais pessoas e assim aumentem sua auto-estima, sentindo-se verdadeiros vencedores.
Na segunda metade do livro o Pai-Minuto divide toda sua bem-sucedida experiência no relacionamento com seus filhos com um outro pai mais jovem, de filhos pequenos, com os mesmos problemas que ele outrora tivera. E este mesmo jovem pai se incumbe então de passar seus novos conhecimentos adiante, criando então uma corrente de pais preocupados em desenvolver uma boa comunicação com seus filhos, repreendendo-lhes, elogiando-lhes e ajudando-lhes a criar seus objetivos de vida.

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